Nuvem com milhões de gafanhotos avança da Argentina para o Brasil; vídeo
Autoridades estimam que haja cerca de 40 milhões de insetos por quilômetro quadrado, e traçam plano de ação
Uma gigantesca nuvem de gafanhotos, com cerca de 40 mil insetos, deixa as autoridades em alerta. A nuvem, que vem da Argentina em direção à fronteira com o Brasil, está sendo observada pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), e a região próxima ao oeste do Rio Grande do Sul é considerada de perigo.
Um boletim do Senasa informa que a nuvem teria surgido em maio, no Paraguai, e deve avançar para a província de Entre Ríos, ao sul do país. O governo traça um plano de ação caso seja necessário intervir.
Uma nuvem de gafanhotos se desloca da Argentina em direção ao Brasil. P/cada Km2 dessa nuvem existem aprox. 40 milhões de insetos que podem consumir em 1 dia uma área de cultivo suficiente p/abastecer 350 mil pessoas. Importante rastrear a origem desse desequilíbrio #GritodaTerra pic.twitter.com/BWIRKFdzuc
— André Trigueiro (@andretrig) June 23, 2020
De acordo com informações do governo de Córdoba, cidade que está na área de precaução, em um quilômetro quadrado pode haver cerca de 40 milhões de insetos, que são capazes de comer o que 2 mil vacas consomem em um dia. Os insetos podem consumir uma área de cultivo suficiente para abastecer 350 mil pessoas.
Autoridades argentinas ainda dizem que a nuvem se moveu quase 100 quilômetros em um dia devido às altas temperaturas e ao vento. As condições climáticas são decisivas para os próximos deslocamentos da nuvem.
#Alerta #Langosta ?⚠️#SantaFe
— Senasa Argentina (@SenasaAR) June 18, 2020
Como habíamos pronosticado, la manga de langostas ingresó a la provincia en el día de hoy y luego de desplazarse casi 140 km se asentó en cercanías de la localidad de Lanteri. pic.twitter.com/YHPHSEN8H5
Apesar da quantidade de gafanhotos, as autoridades argentinas informam que os insetos podem causar prejuízo às culturas e pastagens, mas não atacam as pessoas. Oficiais também pedem que os produtores, caso avistem a nuvem, avisem imediatamente para ajudar no monitoramento.
* Com informações do Globo Rural