Não é possível prosseguir com privatização da Eletrobras, diz ministro do TCU

Ele havia pedido vista do processo em 20 de abril, quando o TCU iniciou a análise da segunda parte do processo

Por: Estadão Conteúdo  -  18/05/22  -  23:16
Atualizado em 18/05/22 - 23:26
Vital do Rêgo apresenta voto contra privatização da Eletrobras
Vital do Rêgo apresenta voto contra privatização da Eletrobras   Foto: Divulgação

Ao defender que o plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) acate seu voto-revisor sobre o processo de privatização da Eletrobras apresentado nesta quarta-feira (18), o ministro Vital do Rêgo afirmou que diante das irregularidades apontadas por ele não é possível prosseguir com a operação antes de correções. O ministro havia pedido vista do processo em 20 de abril, quando o TCU iniciou a análise da segunda parte do processo.


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"Não compartilho de entendimento que falhas encontradas foram sanadas, restando apenas miudezas. As irregularidades que acabo de apresentar representam erros que totalizam o montante de R$ 40 bilhões, referentes a tributação, endividamento líquido ajustado da Eletrobras. Sem falar do possível prejuízo bilionário de Angra 3 e na ausência de valores bilionários de indenização de transmissão", disse ele.


Entre outros pontos, Vital do Rêgo aponta ilegalidades em relação a dividendos da Eletronuclear, Itaipu e nos serviços de avaliações independentes contratados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além de ausências de informações sobre impacto na política nacional de energia nuclear e divergência sobre cálculos do endividamento líquido ajustado da empresa.


Em relação ao endividamento líquido, o ministro apontou que os serviços de avaliação contratados pelo BNDES utilizaram o valor do endividamento líquido ajustado de diferentes maneiras em suas análises.


"Essa situação gerou uma diferença de R$ 30,64 bilhões em razão de os Serviços A e B adotarem ou não o valor do endividamento líquido ajustado informado pelo BNDES e de efetuarem ou não os ajustes no VPLs das subsidiárias", diz o voto. O voto do ministro traz a determinação para que o BNDES faça ajustes nos moldes que as consultorias usaram.


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