Menina de dois anos morre após ter 90% do corpo queimado em acidente doméstico

Uma menina de dois anos de idade foi vítima de um acidente doméstico na cidade de Marcelândia, no Mato Grosso. Uma garrafa de álcool que estava perto de um fogão a lenha explodiu, atingindo Sarah e queimando cerca de 90% de seu corpo. A menina chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no dia seguinte ao acidente, que aconteceu na última terça-feira (19).

Em entrevista, o pai, João Gonçalves, de 27 anos, contou que havia saído de casa para conseguir sinal de celular. Enquanto isso, a mãe de Sarah e a menina colhiam gravetos para acender o fogão a lenha. A mãe usou álcool para acender o fogão, deixando a garrafa próxima ao fogo. Ela virou para pegar uma panela e, quando voltou, a filha já estava coberta por chamas. 

A mãe apagou as chamas, tendo queimaduras nos pés e mãos. Os pais levaram a filha ao hospital. "Os médicos deram sedativo, limparam e esterilizaram Sarah. Depois, ela foi transferida para a UTI de uma cidade vizinha. Ela não gritou, não sofreu, não chorou. Não expressou nenhuma dor, Graças a Deus. Ela ficava apenas olhando com aquele olhar de quem não estava entendendo nada - e esse foi um dos momentos mais fortes para mim", disse o pai.

"Lembro que ela estava acordada e me pedia muita água. Teve uma hora em que ela disse que estava com fome e depois começou a dizer: — 'Papai, eu quero o teu colo'", lembra.

A família recebeu o auxílio de um avião de UTI para levar a garota para Cuiabá, onde teriam mais recursos para o tratamento. No entanto, Sarah não resistiu e veio a óbito. "Ela mudou a nossa vida, a vida da nossa família e tem mudado a de muita gente depois do acontecido. Ela trouxe muita paz, amor, alegria e deixou uma saudade enorme", desabafa o pai.

Márcia Pinheiro, a mãe de Sarah, teve queimaduras nos pés e mãos, mas está em casa se recuperando. Pelas redes sociais, ela lamentou a morte da filha. "Que tristeza e saudade de você, minha vida. Tá sendo tão difícil", escreveu. A polícia civil informou que não está investigando o caso.

*Com informações da Crescer