Interior paulista recua em flexibilização

Prefeitos reconheceram que a pandemia está em expansão no Estado e decidiram endurecer regras

Por: Do Estadão Conteúdo  -  07/06/20  -  20:22
Estado de São Paulo apresenta queda no índice de isolamento social comparado com os últimos sábados
Estado de São Paulo apresenta queda no índice de isolamento social comparado com os últimos sábados   Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Cidades do interior que adotaram regras de relaxamento social, após o Plano São Paulo, do governo João Doria (PSDB), recuaram por medida judicial ou vontade dos gestores. Prefeitos reconheceram que a pandemia está em expansão no Estado e decidiram endurecer regras. Houve cidade que até mudou de faixa por conta própria.


Piracicaba acatou recomendação do Ministério Público e reduziu o horário de funcionamento do comércio para quatro horas diárias. A cidade está na fase 2 (laranja), que permite abrir o comércio por 4 horas, mas decreto municipal autorizava o funcionamento das 9 às 17, além dos sábados das 9 às 13 horas. A prefeitura tinha reaberto salões, barbearias, manicures e outros locais de beleza, que agora voltam a fechar.


Apesar de Avaré estar na fase 3 (amarela) do plano, o prefeito Jô Silvestre (PTB) decidiu adotar regras mais rígidas, da fase 2 (laranja). Só funcionam casas de produtos essenciais e aquelas previstas nessa faixa, mas com a obrigação de tomar a temperatura corporal do cliente. O prefeito afirmou que, se os números continuarem a subir, a cidade pode restringir mais.


O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Geraldo Pinheiro Franco, derrubou liminares que permitiam a abertura de uma academia de musculação e de salão de beleza em Ribeirão Preto.


A prefeitura de Santos, no litoral, recebeu recomendação do MP para seguir as determinações do plano e não adotar medidas de flexibilização do comércio. A cidade está na fase 1 (vermelha).


A prefeitura informou que espera do governo a promoção para a faixa 2, mas o MP fala em avanço da doença na cidade.


Balanço


São Paulo tem mais de 140 mil registros da doença e 9 mil mortes Balanço de ontem mostra que o número de casos é de 140.549, sendo 5.984 nas últimas 24 horas. E de 9.058 mortes no total, 216 a mais do que no dia anterior. Há registro da doença em 555 das 645 cidades.


A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 73,4% na Grande São Paulo e é de 63,5% no Estado. Há 4.819 pessoas em UTIs.


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