Governo de SP informa que seguirá vacinando adolescentes contra a covid-19

Decisão acontece após ministro da Saúde recomendar caminho contrário

Por: Estadão Conteúdo  -  16/09/21  -  18:42
 Governo de São Paulo vai seguir com vacinação de adolescentes
Governo de São Paulo vai seguir com vacinação de adolescentes   Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O Governo de São Paulo manteve a posição expressa na tarde desta quinta-feira (16) de que continuaria com a vacinação contra a covid-19 de adolescentes de 12 a 17 anos, mesmo após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, recomendar o contrário. De acordo com dados divulgados pelo governador João Doria (PSDB), cerca de 72% dos adolescentes do Estado foram vacinados, e a recomendação da Saúde de suspender a aplicação do imunizante causa "apreensão e insegurança em milhões de adolescentes e suas famílias".


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Notas reforçando a posição do governador paulista foram sendo divulgadas ao longo da tarde. Iguais em conteúdo, os comunicados adicionavam pequenas informações à postura adotada pela gestão paulista.


Na primeira, antes das falas de Queiroga em coletiva, o governo declarava apenas que a decisão da pasta ia na "contramão de autoridades sanitárias de outros países", mais tarde, após coletiva de imprensa onde o ministro reforçou o pedido para que fosse interrompida a vacinação de adolescentes, o governo repetiu a nota adicionando a informação de que decisão também ia "na contramão da orientação do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass)".


Também foi adicionada a informação de que a aplicação das vacinas em adolescentes seguia a recomendação do Comitê Científico do Estado.


Em nota emitida pelo Ministério da Saúde, foi recomendada a suspensão da aplicação das vacinas aos adolescentes sem comorbidades que, pelo calendário nacional, teria início na quarta-feira. De acordo com o órgão, a revisão prevê que a imunização prossiga apenas para adolescentes que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.


Na justificativa, a pasta aponta, entre outros fatores, que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda a imunização de crianças e adolescentes, com ou sem comorbidades, e que a maioria dos adolescentes sem comorbidades acometidos pela doença apresentam evolução benigna da covid.


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