Falso médico é preso após amputar perna de vítima de acidente, mas acaba solto
Caso ocorreu no Vale do Ribeira; polícia descobriu que ele usava o documento de um profissional morto
Um homem, de 32 anos, foi preso, e depois solto, em Pindamonhangaba na última terça-feira (15), por atuar ilegalmente como médico na Enseg, empresa que presta serviços à CCR Dutra, administradora da Rodovia Presidente Dutra. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele era o médico responsável pelos acidentes ocorridos na região do Vale do Ribeira. Na semana anterior, ele havia ordenado a amputação de um acidentado na rodovia, que havia ficado com a perna presa entre as ferragens em um choque de caminhões.
Segundo a PRF, após uma denúncia foi descoberto que ele utilizava o CRM de um médico morto. Os policiais já desconfiavam das atitudes do suspeito. Ele foi levado à delegacia para prestar depoimentos.
Não ficou preso
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o suspeito confessou não ser médico, mas ter feito curso de socorrista. Ele assinou um termo circunstanciado e acabou liberado. O caso foi registrado no 1º DP da cidade, e encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que já havia protocolado denúncia no Ministério Público Federal (MPF) depois que o homem solicitou inscrição apresentando um diploma falso, em 9 de fevereiro.
O órgão também disse que o suspeito não deveria atuar na função, e nem mesmo poderia ter sido empregado pela Enseg, e que pretende dar continuidade às investigações sobre sua contratação.
Ao Estadão, a concessionária disse que ele foi desligado imediatamente após o ocorrido. "Infelizmente também fomos vítimas desta fraude que se consumou com o exercício ilegal da profissão, atingindo a todos. Desde o dia do acidente, realizamos diversas apurações técnicas e estamos prestando apoio às autoridades competentes na investigação do acidente e vamos procurar os familiares em seguida para prestar toda a assistência necessária para minimizar os danos causados", disse a empresa.
*com informações de Estadão Conteúdo
