Estado antecipa nova remessa da CoronaVac e inicia produção da ButanVac

São esperadas cerca de 600 mil doses do imunizante CoronaVac para esta sexta (30)

Por: Carolina Faccioli  -  28/04/21  -  13:23
 Anúncios foram feitos em coletiva nesta quarta-feira (28).
Anúncios foram feitos em coletiva nesta quarta-feira (28).   Foto: Reprodução/Rede Social

O Estado de São Paulo vai iniciar a produção da ButanVac, primeira vacina 100% brasileira, nesta quarta (28) e a antecipação da entrega da vacina CoronaVac para esta sexta-feira (30). Os anúncios foram feitos na coletiva que atualiza informações sobre o combate ao coronavírus no Estado de São Paulo, nesta quarta-feira (28).


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


A vacina, chamada de Butanvac, será produzida pelo instituto Butantan. No entanto, a aplicação em humanos ainda depende da aprovação da Anvisa.


Já a CoronaVac, terá a entrega atecipada para esta sexta-feira (30) ao Ministério da Saúde. Serão cerca de 600 mil doses. Essa entrega estava prevista inicialmente para o dia 3 de maio.


Segundo o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a primeira fase da produção da vacina vai de 28 de abril até 18 de maio. A segunda de 14 de maio à 1° de junho e a terceira fase de 28 de maio à 15 de junho. Com isso, são esperadas, no total, a produção de 18 milhões de doses da vacina.


ButanVac


Na sexta-feira (23), o Vice-Governador Rodrigo Garcia anunciou que o Instituto Butantan encaminhou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o protocolo final para início dos estudos clínicos da ButanVac.


Os resultados dos testes pré-clínicos realizados com animais se mostraram promissores, o que permite evoluir para estudos clínicos em humanos. Os testes em humanos deverão iniciar com cerca de 1,8 mil voluntários na fase 1 e 2 e começarão imediatamente após aval do órgão regulador.


Como é produzida


A tecnologia da ButanVac utiliza o vírus da Doença de Newcastle geneticamente modificado desenvolvido por cientistas norte-americanos na Icahn School of Medicine at Mount Sinai, em Nova Iorque (EUA). O vetor viral contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra.


O desenvolvimento complementar da vacina será todo feito com tecnologia do Butantan, incluindo a multiplicação do vírus, condições de cultivo, ingredientes, adaptação dos ovos, conservação, purificação, inativação do vírus, escalonamento de doses e outras etapas.


A Doença de Newcastle é uma infecção que afeta aves e, por isso, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, permitindo eficiência produtiva num processo similar ao utilizado na vacina de Influenza do Butantan. O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. Ele é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro.


Baixada Santista


A Baixada Santista vacinou até terça (27), 469.627 mil pessoas. Sendo que, 299.750 mil (15,9% da população) receberam a primeira dose e 169.877 (9,0%) a segunda dose.


Neste período do plano de imunização, as prefeituras têm vacinado os profissionais da saúde e os idosos. Porém, algumas cidades tem registrado falta de vacinas Coronavac, como Praia Grande e Peruíbe.


Tudo sobre:
Logo A Tribuna