Doria diz que repasse reduzido de vacinas pode atrasar imunização de adolescentes
Ministério da Saúde entregou lote com 228 mil doses de vacina da Pfizer a menos, segundo governador de São Paulo
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que o calendário de vacinação de crianças e adolescentes, entre 12 e 17 anos, pode atrasar porque o Ministério da Saúde entregou, nesta quarta-feira (4), metade das doses previstas da vacina da Pfizer/Biontech. Segundo o governo, faltam 228 mil doses para serem entregues.
"Desde o começo da pandemia, o plano nacional de imunização prevê a entrega de mais de 20% das doses por parte dos Ministério da Saúde, o que não aconteceu. Fomos surpreendidos e já pedimos urgência para reverter essa medida", disse Doria.
O secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que a medida é arbitrária e inédita e pode comprometer a vacinação. "É uma medida gravíssima que compromete a proteção das pessoas. Não é o governo do Estado que é lesado, são quase 230 mil pessoas que podem deixar de receber a vacina", disse o secretário.
Doria ainda afirmou que, se pudesse, compraria doses. "É uma maldade que o governo federal tenciona a fazer com São Paulo. Lembrando que não podemos comprar vacinas da Pfizer, se não assim o faríamos para proteger os adolescentes brasileiros de São Paulo".
A farmacêutica americana Pfizer entregou, ontem, mais 1 milhão de doses da vacina contra Covid-19 ao Brasil. Até o dia 22 de agosto, estão previstas 17 milhões de doses, que serão entregues em 17 voos vindos de Miami (EUA) com destino ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas.
Já foram entregues 35 lotes ao País, totalizando as 30,1 milhões de 200 milhões de doses da vacina Pfizer/Biontech contratadas pelo governo federal. No último domingo (1), a companhia fez duas entregas e completou os 13 milhões de doses que havia anunciado até o início de agosto.
