Doria classifica como 'desumanidade' fala de Bolsonaro sobre Bruno Covas

Presidente se referiu ao ex-prefeito de São Paulo, falecido em maio, como "o outro que morreu", ao falar com apoiadores

Por: Estadão Conteúdo  -  03/08/21  -  03:00
 Bruno Covas morreu no dia 16 de maio, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica
Bruno Covas morreu no dia 16 de maio, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica   Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Ao criticar ações de governadores e prefeitos durante a pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) se referiu ao ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, falecido em maio, como "o outro que morreu", ao conversar com apoiadores no Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (2).


Clique e Assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe acesso completo ao Portal e dezenas de descontos em lojas, restaurantes e serviços!


"Um fecha São Paulo e vai para Miami. O outro, que morreu, fecha São Paulo e vai ver Palmeiras x Santos no Maracanã", disse. A declaração foi criticada pelo PSDB e pelo governador de São Paulo, João Doria. "A desumanidade de Bolsonaro, agredindo de forma covarde Bruno Covas, só demonstra ainda mais sua falta de respeito pelos vivos e pela memória dos mortos", escreveu Doria no Twitter.


Torcedor do Santos, Covas assistiu, em janeiro, a final da Copa Libertadores no Maracanã ao lado do filho ao mesmo tempo em que tinha determinado o fechamento de estabelecimentos comerciais e restaurantes para conter a disseminação do coronavírus. À época, Covas se defendeu em publicação feita no Instagram afirmando que era um "pequeno prazer" num momento que vivia "incertezas sobre a vida".


O PSDB afirmou que "Bolsonaro não respeita os vivos, os mortos, as instituições, a democracia, o bom senso. Agora ataca até a memória de Bruno Covas, prefeito eleito por milhões de paulistanos". Em seguida, o partido do ex-prefeito parafraseou Covas em imagem publicada no Twitter. "É possível fazer política sem ódio, fazer política falando a verdade".


Bruno Covas morreu no dia 16 de maio, em decorrência de um câncer da transição esôfago gástrica. Ele lutou contra a doença por um ano e meio e durante a campanha eleitoral.


Tudo sobre:
Logo A Tribuna