Crivella tenta proibir venda de HQ da Marvel com cena homossexual na Bienal do Livro do RJ

Romance gráfico 'Vingadores, a cruzada das crianças' traz uma cena em que dois homens se beijam; organização do evento recusou pedido do prefeito

Por: De A Tribuna On-line  -  06/09/19  -  23:46
Crivella tenta proibir venda de HQ da Marvel com cena homossexual na Bienal do Livro do RJ
Crivella tenta proibir venda de HQ da Marvel com cena homossexual na Bienal do Livro do RJ   Foto: Reprodução/ Redes sociais

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, causou polêmica ao tentar impedir a venda de um romance gráfico na Bienal do Livro, na última quinta-feira (5). A HQ 'Vingadores, a cruzada das crianças' conta com uma cena onde dois personagens masculinos se beijam. No Twitter, Crivella afirma que a obra traz "conteúdo sexual para menores". Após o pedido, o livro esgotou em menos de uma hora.


Na publicação, o prefeito justifica o motivo para impedir a venda do livro no evento. "Livros assim precisam estar em um plástico preto, lacrado, avisando o conteúdo", disse Crivella. "Pessoal, precisamos proteger as nossas crianças. Por isso, determinamos que os organizadores da Bienal recolhessem os livros com conteúdo impróprio para menores. Não é correto que elas tenham acesso precoce a assuntos que não estão de acordo com suas idades", escreveu ainda Crivella no post.


O romance gráfico da Marvel traz a história da equipe jovem dos Vingadores. Entre os heróis, há um casal homossexual composto por Wiccano e Hulking. A cena foi alvo de debate nas redes sociais após uma mãe reclamar sobre o conteúdo. 


Em nota, a Bienal do Livro afirmou que não retirará o exemplar dos itens a venda. "Este é um festival plural, onde todos são bem-vindos e estão representados. Inclusive, no próximo fim de semana, a Bienal do Livro terá três painéis para debater a literatura Trans e LGBTQA+. A direção do festival entende que, caso um visitante adquira uma obra que não o agrade, ele tem todo o direito de solicitar a troca do produto, como prevê o Código de Defesa do Consumidor".


* Com informações de G1


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