Cerveja adulterada causa ‘doença misteriosa’, mata uma pessoa e deixa outras sete hospitalizadas
Caso ocorreu em Minas Gerais. Laudo da perícia revelou contaminação em produto da empresa Backer, possivelmente consumida pelas vítimas
Atualizado em 10/01/20 - 12:46
Após cerca de oito pacientes darem entrada em hospitais de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, com sintomas semelhantes, foi constatado que uma ‘doença misteriosa’ os afetava. Uma das vítimas veio a óbito, enquanto outras sete continuam hospitalizadas. Uma força-tarefa foi realizada para identificar a doença.
A Polícia Civil divulgou um laudo queaponta a contaminação de duas amostras da cervejaBelorizontina, dacervejaria Backer, com asubstância dietilenoglicol.O documento foi enviado às autoridades estaduais e municipais da área da saúde. Estima-se que todos os pacientes tenham consumido a bebida.
Asecretaria de Saúde do estado de Minais Gerais informou que o laudo emitido peloperito da Polícia Civil informa que“nas duas amostras de cerveja encaminhadas pela vigilância sanitária do município de Belo Horizonte (cerveja pilsen marca Belorizontina lotes L1 1348 e L2 1348) foi identificada a presença da substância dietilenoglicol emexames preliminares. Ressalto que estas garrafas foram recebidas lacradas e acondicionadas em envelopes de segurança davigilância sanitária municipal”. A informação foi confirmada em coletiva de imprensa.
A polícia orienta que os consumidores não consumam a cervejaBelorizontinados lotes L1 1348 e L2 1348, pois há grande risco de contaminação.
Sintomas
Todos os afetados pela doença estão, de alguma forma, ligados ao mesmo bairro da cidade, de classe média alta. Eles trabalham, moram ou passaram por lá nos dias anteriores à contaminação. Os casos começaram a aparecer no final de dezembro e os afetados são todos homens.
Até o momento, a doença misteriosa matou uma pessoa e causou a internação de pelo menos sete. Asvítimastêm idades entre 23 e 76 anos e apresentaram os mesmos sintomas — desconforto gastrointestinal (náusea, vômito e dor abdominal),insuficiência renalaguda de evolução rápida (em até 72 horas) ealterações neurológicascomo paralisia facial, vista borrada, cegueira total ou parcial.
A vítima fatal, um homem de 55 anos, estava internada desde 31 de dezembro no Hospital Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora, e morreu na última terça-feira (7), em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.
*Com informações de O Globo
