Cartórios já registraram 324 mortes de crianças de 5 a 11 anos por covid-19

Doença foi mais letal em crianças com 5 anos

Por: ATribuna.com.br  -  13/01/22  -  11:56
Atualizado em 13/01/22 - 14:23
Municípios da Baixada Santista aguardam informações do Estado sobre vacinação de crianças contra a covid-19
Municípios da Baixada Santista aguardam informações do Estado sobre vacinação de crianças contra a covid-19   Foto: Isabela Carrari/Prefeitura de Santos

Com vacinação recentemente aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as crianças entre 5 e 11 anos totalizaram 324 falecimentos por covid-19 desde o início da pandemia. Este foi o número de óbitos para esta faixa etária registrados pelos Cartórios de Registro Civil brasileiros no período de março de 2020 à primeira semana de janeiro de 2022.


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O levantamento mostra ainda que as crianças mais afetadas pela doença foram aquelas de cinco anos, com 65 mortes registradas. Na sequência, aparecem as de seis anos, com 47 registros. 46 crianças de sete e de 11 anos morreram pela doença. Crianças de 10 anos totalizaram 43 óbitos, as de nove, 40, e as de oito, 37 mortes.


Os dados contabilizados fazem parte do Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados que reúne as informações de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos 7.663 Cartórios brasileiros -, e que é administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (ArpenBrasil).


Na faixa etária entre cinco e 11 anos, houve 77 registros de mortes em razão de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).


O ano de 2021 foi aquele que registrou o maior número de mortes cuja causa mortis consta como covid-19, com 174. Em 2020, foram 150.


Na primeira semana de janeiro de 2022 não foram contabilizados óbitos por Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos, embora os Cartórios de Registro Civil tenham o prazo legal de até 10 dias para enviar os dados ao Portal da Transparência do Registro Civil.


Entre os Estados brasileiros, São Paulo, estado mais populoso do país respondeu percentualmente por 22,8% dos óbitos de crianças nesta faixa etária, seguido por Bahia (9,3%), Ceará (6,8%), Minas Gerais (6,5%), Paraná (6,2%), Rio de Janeiro (5,9%) e Rio Grande do Sul (4%). Amapá, Mato Grosso e Tocantins foram as unidades que registraram o menor número de óbitos na faixa etária.


"Os números mostram que, embora reduzidos, os óbitos de crianças fazem parte deste triste momento que estamos vivendo, e que a vacinação é o melhor caminho para que vidas sejam salvas e para que a doença, propagada pelas novas variantes, seja menos fatal a quem já estiver imunizado", destaca o presidente da Arpen-Brasil, Gustavo Renato Fiscarelli.


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