Brasil tem dois casos suspeitos de varíola dos macacos, diz Ministério da Saúde
Nenhum diagnóstico foi confirmado no país até o momento; confira os sintomas, transmissão e como se prevenir
Atualizado em 30/05/22 - 16:53
![Varíola dos macacos é endêmico perto de florestas tropicais na África central e ocidental, mas tem sido cada vez mais visto perto de áreas urbanas](http://atribuna.inf.br/storage/Noticias/Atualidades/img4796851514798.webp)
O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (30), que investiga dois casos suspeitos de varíola dos macacos, conhecida também como monkeypox, no Brasil. Um dos possíveis infectados está no Ceará e o outro, em Santa Catarina. Um terceiro caso também está sendo monitorado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Nenhum diagnóstico foi confirmado no país até o momento.
Segundo a pasta, os pacientes "seguem isolados e em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial".
Dados do Ministério da saúde mostram que haviam 315 casos em 23 países, sendo 309 confirmados até o último domingo. O Reino Unido lidera os registros, com 106, seguido por Espanha, com 51. Depois, Portugal (74), Canadá (25) e Estados Unidos (12).
Sintomas
Os sintomas iniciais da varíola dos macacos costumam ser febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão. Em seguida, dentro de 1 a 3 dias, aparecem erupções na pele, que passam por diferentes fases. Elas começam vermelhas e sem volume, depois ganham volume e bolhas, antes de formar as cascas.
Transmissão
A transmissão geralmente ocorre de animais para pessoas em florestas da África Central e Ocidental. Entre os humanos, o ministério aponta que o contágio é considerado moderado e ocorre, sobretudo, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele ou objetos contaminados. Além disso, há a possibilidade de infecção por fluidos corporais – como a saliva, sangue e pus.
A infecção também pode ocorrer da mãe para o feto através da placenta e da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele.
Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.
Prevenção
Segundo o Instituto Butantan, entre as medidas de proteção, autoridades orientam que residentes e viajantes de países endêmicos evitem o contato com animais doentes (vivos ou mortos) que possam abrigar o vírus da varíola dos macacos (roedores, marsupiais e primatas) e devem se abster de comer ou manusear caça selvagem.
Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel são importantes ferramentas para evitar a exposição ao vírus, além de evitar contato com pessoas infectadas e usar objetos de pessoas contaminadas e com lesões na pele.
A OMS permanece trabalhando em estreita colaboração com países onde foram relatados casos da doença viral.