Armas são fabricadas no Irã, conclui investigação saudita
Trump afirma que Estados Unidos estão preparados para responder ao ataque
As armas usadas no ataque à Arábia Saudita, que reduziu enormemente o abastecimento mundial de petróleo e despertou o temor de uma escalada militar entre Washington e Teerã, foram fabricadas no Irã – anunciou a coalizão dirigida por Riad no Iêmen, nesta segunda-feira (16).
“A investigação segue, e todas as indicações mostram que as armas usadas provêm do Irã”, declarou à imprensa em Riad o porta-voz da coalizão, o coronel saudita Turki al-Maliki.
Ele acrescentou que se investiga a origem dos disparos que atingiram as instalações petroleiras na Arábia. A ofensiva foi reivindicada pelos rebeldes huthis xiitas do Iêmen. À frente de uma coalizão militar, Riad intervém desde 2015 neste país em guerra. Ao lado do governo, tenta conter os rebeldes apoiados pelo Irã.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, considerou que não há provas de que este “ataque sem precedentes contra o abastecimento energético mundial” tenha origem no Iêmen. Washington acusa o Irã de estar por trás do episódio.
Trump
O presidente norte-americano, Donald Trump declarou que os Estados Unidos estão preparados para responder ao ataque contra infraestruturas petroleiras na Arábia Saudita.
É a primeira vez que o presidente dos EUA menciona uma resposta em potencial ao ataque de sábado, que obrigou o reino a reduzir sua produção de petróleo pela metade.
“O fornecimento de petróleo da Arábia Saudita foi atacado. Há motivos para acreditar que conhecemos o culpado”, escreveu Trump em sua conta no Twitter, acrescentando que os Estados Unidos estão prontos para atacar, “dependendo da verificação”, pois esperam conhecer a versão saudita para determinar como proceder.
Insensatez
O porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Abbas Mussavi, assegurou que as acusações são “insensatas” e “incompreensíveis” e que só buscam justificar “futuras ações” contra o Irã.