Suspenso, Cuca não vai comandar o Atlético-MG diante do Santos

No domingo (27), às 20h30, o Santos recebe o Atlético-MG em casa, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto poderia marcar o retorno do técnico Cuca à Vila Belmiro após a sua decisão de deixar o clube no final da temporada passada. Porém, o encontro foi adiado em razão da expulsão do treinador na última rodada.

Inconformado com as decisões do árbitro Leandro Vuaden na derrota do Galo para o Ceará, por 2 a 1, em Fortaleza, Cuca, após o apito final, proferiu uma sequência de ofensas e acusações ao juiz, que lhe puniu com o cartão vermelho.

Segundo Vuaden, em relato apresentado na súmula da partida, Cuca, antes dos xingamentos, reclamou que o árbitro lhe “dava azar na vida”.

“Expulsei com cartão vermelho direto, após a partida, o técnico da equipe Clube Atlético Mineiro, senhor Alexi Stival, por entrar em campo de jogo proferindo as seguintes palavras: 'Você me dá azar na vida. Ainda bem que vou largar para não precisar conviver com pessoas como você. Tenho nojo. Você é um gaveteiro'", escreveu o juiz.

“Após visualizar o cartão vermelho, ele continuou proferindo as seguintes palavras: 'Sem vergonha! Se eu cruzar com você na rua, te dou uns tapas na cara'. Você é vagabundo. Vagabundo!”, acrescentou Vuaden.

Ainda de acordo com o relatório do árbitro, as ofensas de Cuca seguiram perto do vestiários do Atlético-MG e da equipe de arbitragem. “Vagabundo! Vai ter CPI hoje porque você me pediu voto para a sua esposa”, completou.

Nesta sexta-feira (25), de cabeça fria, o treinador, por meio de uma nota oficial, pediu desculpas a Vuaden.

“Primeiramente, quero deixar claro que jamais tive problemas com o Vuaden, que sempre foi muito competente e correto nos jogos em que trabalhei. Numa das partidas mais marcantes da minha carreira, só como exemplo, aquele Fluminense x Coritiba de 2009, ele era o árbitro, quando foi muito bem e extremamente corajoso pela situação que se apresentava. Ontem (quinta-feira), não houve ofensa alguma até o momento em que ele me deu um injusto cartão vermelho. Reconheço que, depois disso, perdi o controle. Não tem justificativa o meu ato ali. Falar de tudo o que eu vivi e o que todos têm vivenciado, ou das circunstâncias do jogo, nada disso serviria como argumento. Venho, portanto, com toda humildade, me retratar e pedir desculpas ao árbitro e ao homem Vuaden. Nunca poderia ter usado as palavras que usei, exageradas, injustas e que não expressam de forma alguma o que eu penso sobre ele e o que eu sinto por ele”, posicionou-se Cuca.

Técnico do Santos na última temporada, Cuca foi o comandante da equipe que chegou à final da Libertadores, mas perdeu a final para o Palmeiras, por 1 a 0.