Santos é condenado a pagar rescisão milionária a auxiliar de Jorge Sampaoli

Decisão desta sexta-feira (2) é definitiva e clube terá que ressarcir o profissional sob o risco de penhora

Por: Bruno Lima  -  02/07/21  -  19:41
Atualizado em 02/07/21 - 20:23
   Jorge Desio trabalhou no Santos durante toda a temporada de 2019 como auxiliar de Sampaoli
Jorge Desio trabalhou no Santos durante toda a temporada de 2019 como auxiliar de Sampaoli   Foto: Ivan Storti

O imbróglio entre Santos e o auxiliar-técnico Jorge Desio, que integrava a comissão do treinador Jorge Sampaoli, teve o seu capítulo final na Justiça, nesta sexta-feira (2). Em decisão definitiva, o Tribunal de Justiça do Trabalho (TST) considerou que o Alvinegro rescindiu o contrato do profissional. Com isso, o clube terá que pagar a rescisão contratual mais juros e multas. A indenização é de mais de R$ 2,3 milhões.


O Santos havia vencido a disputa judicial em 1ª e 2ª instâncias. Porém, os representantes jurídicos de Jorge Desio revertam as decisões no órgão de Brasília.


O auxiliar-técnico é representado pelo escritório Amorim & Fisori, de Santos.


Antes mesmo da sentença em 1ª instância, os advogados Gustavo Amorim e Paulo Faia tentaram um acordo com o Santos para receber as verbas rescisórias, que custariam cerca de R$ 510 mil. Isso, no entanto, não ocorreu, e a disputa se desenrolou na esfera jurídica.


De acordo com a decisão, a qual ATribuna.com.br teve acesso, só de multas indenizatória, referentes a seis meses de salários, o auxiliar de Sampaoli tem mais de R$ 1,4 milhão para receber. Junto a isso ainda constam no processo o pagamento de aviso prévio, férias, 13º salário, ajuda de custo, multa de FGTS e FGTS em atraso, mais juros e correção.


O valor exato será apurado por um perito da Justiça, mas estima-se que a pendência chegue a R$ 2,5 milhões. Após a apuração do perito, o Santos terá alguns dias para efetuar o pagamento, sob pena de penhora.


Com Sampaoli, Jorge Desio trabalhou no Santos por todo o ano em 2019. Entretanto, no final da temporada, o treinador argentino se desentendeu com o então presidente do clube José Carlos Peres.


Na época, o mandatário alegou que o treinador e a sua comissão técnica haviam pedido demissão. Sampaoli, por sua vez, rebateu Peres e, por meio dos seus advogados, se defendeu dizendo que todos haviam sido demitidos por meio de uma nota oficial emitida pelo clube.


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