Peres afirma que Justiça vai decidir disputa com Jorge Sampaoli

Jorge Sampaoli ainda é assunto no Santos. Pouco mais de uma semana depois de sua conturbada saída, o treinador foi tema de uma entrevista do presidente José Carlos Peres em Luque, no Paraguai, onde acompanhou o sorteio da fase de grupos da Libertadores. Segundo o dirigente, o impasse sobre a multa contratual do treinador continua e só deve ser resolvido na Justiça.

“A convivência não foi das melhores, mas também não foi das piores. Ele sai sempre de uma maneira difícil, mas sai sempre com pendências, foi assim nos clubes e nas seleções. A Justiça vai decidir se ele paga ou não paga a multa”, disse.

Oficialmente, o argentino pediu demissão apenas no dia 11, quando protocolou documento comunicando o desligamento. O Santos sustenta, porém, que Jorge Sampaoli anunciou a demissão na última segunda-feira pela manhã, em reunião realizada no CT Rei Pelé. A diferença de datas importa porque implica pagamento de multa. Se saísse até segunda, dia9, o técnico precisaria ressarcir o clube.

Em entrevista para A Tribuna On-line, o advogado do treinador argentino, Gustavo Amorim, revela que a liberação da multa surgiu há alguns meses, quando foi feito um aditamento no contrato de Sampaoli que autorizava ele, e o próprio Santos, a pedirem a rescisão, a partir de 10 de dezembro de 2019, sem obrigação de ressarcimento de ninguém. O argentino tinha contrato até dezembro de 2020.

“Ele preferiu sair do clube para ganhar mais. No Santos, tinha um bom ambiente. Ele perdeu uma grande oportunidade de cumprir o contrato e fazer uma grande competição. Vida que segue”, afirmou Peres.

“Deixamos ele trabalhar como queria. Ele desejou jogar todo o segundo turno do Brasileiro na Vila e nós atendemos. Contratamos 14 jogadores, mesmo com nossas limitações”, frisou o presidente do Santos.