Para Sampaoli, problemas particulares afetam o desempenho de Cueva

O técnico Jorge Sampaoli ainda não descartou a utilização do meia Cueva no Santos. Para o treinador, os problemas de saúde da filha do peruano, que nasceu prematura de 30 semanas, explicam o momento complicado que o jogador vive no Alvinegro. Com apenas 16 jogos pelo time, sem marcar gol nem dar assistência, o diretor de futebol Paulo Autuori disse esta semana que o clube avalia propostas para negociar o jogador. 

"Cueva é um jogador importante, que passou momentos difíceis no Santos. Tudo que ele passa na vida pessoal afeta o futebolístico. Ele precisa resolver isso e depois vemos o que ocorre. Que ele esteja tranquilo para solucionar esse tema e estamos aqui para ajudá-lo. Se o melhor é sair para ter continuidade nesse semestre, melhor. Se não, terá que esperar o que vai ocorrer aqui. Sua filhinha não está bem, não saiu de situação crítica", disse Sampaoli. 

Contratado por empréstimo junto ao Krasnodar, da Rússia, em fevereiro, o Santos assumiu o compromisso contratual de comprar o jogador por 7 milhões de dólares, que terão que ser pagas em parcelas a partir de 2020.

Jobson e Cueva em desvantagem

Sampaoli destacou que o bom momento vivido pelo clube, líder do Campeonato Brasileiro, com 32 pontos, três à frente do Palmeiras, dificulta o ingresso de novos jogadores na equipe. E comparou a situação de Cueva com a do volante Jobson, contratado junto ao Red Bull após o Paulistão, mas que até agora não estreou pela equipe.  

"Jobson é difícil jogar, Cueva também... Ingresssar na equipe na forma que estamos, em primeiro, que vinha de invencibilidade em sete jogos, é difícil. Equipes grandes da Europa têm essa sequência meio ilógica. Não pensei que teríamos isso. Não imagino ganhar sete (jogos consecutivos) de novo. Tempo do futebol é o tempo da equipe, momento. Podemos inserir um jovem ou jogador sem minutos. Temos que avaliar muitas coisas. Estamos vendo Felippe (Cardoso, emprestado ao Ceará) e outros jogadores. Estamos vendo ele jogar de domingo a domingo", comentou. 

Sampaoli citou o exemplo do atacante Sasha, colocado em disponibilidade no início do ano, mas que acabou se firmando entre os titulares. "A (situação) de Sasha é a mesma. Não era levado em consideração por ter visto jogar outras vezes, mas ao vê-lo treinar, é um dos mais importantes do elenco. Não há verdade absoluta. Jobson tem que olhar para o Sasha e ficar aqui. Felippe Cardoso está bem em outro lugar, eles podem mostrar que podem voltar. Vê-los jogar não é a mesma coisa de vê-los treinar".