Cuca é favorável à ida de Veríssimo ao Benfica

Técnico defende a venda do zagueiro ao futebol português, vetada pelo Conselho

Por: Bruno Lima & Da Redação &  -  07/12/20  -  13:32
Atualizado em 07/12/20 - 13:42
Cuca é favorável à ida de Veríssimo ao Benfica
Cuca é favorável à ida de Veríssimo ao Benfica   Foto: Ivan Storti / Santos FC

Depois de empatar por 2 a 2 com o Palmeiras, no sábado, o Santos começa a preparação para enfrentar o Grêmio, quarta-feira, em Porto Alegre, no jogo de ida das quartas de final da Libertadores. Mas não é apenas o duelo com os gaúchos que agita o clube. A situação do zagueiro Lucas Veríssimo, que teve a venda para o Benfica barrada pelo Conselho Fiscal, continua rendendo. Para o técnico Cuca, o jogador deve ser negociado.


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“É a quinta ou sexta procura que o Veríssimo tem nesses anos. Ele já foi vendido para Portugal, Ucrânia, Rússia, Arábia, mas nunca saiu daqui. É um jogador que tem visto o tempo passar. Como fica a cabeça dele? Nós temos que dar valor à entrega que ele tem dentro de campo. O Santos está em dívida com ele”, disse o treinador.


Em reunião virtual do Conselho Deliberativo, na última quinta-feira, o Conselho Fiscal (CF) reprovou, pela segunda vez, a venda de Veríssimo ao Benficapor 6,5 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões) a serem pagos em cinco parcelas anuais. Em contrapartida, o órgão emitiu parecer favorável à negociação do defensor com o Al Nassr, da Arábia Saudita, por U$S 6,5 milhões (R$ 33 milhões) divididos em duas vezes. Contudo, Veríssimo não quer ir para a Arábia. O desejo do atleta é jogar em Portugal. 


“A diretoria aprova a venda dele, mas o Conselho Fiscal não. Tem que tirar o chapéu para o Lucas Veríssimo. Tem que acabar o ano, e o Santos tem que vendê-lo da melhor forma e fazer novos jogadores”, comenta Cuca, receoso de que, caso não venda ninguém até o fim do ano, o Santos fique sem dinheiro para pagar salários, direitos de imagem e outras contas. 


Não é boa


O Conselho Fiscal entende que a negociação com o Benfica não é boa para o clube porque a primeira parcela seria paga cinco dias após a assinatura do contrato de venda, em janeiro de 2022, e as demais em agosto de 2022, 2023, 2024 e 2025 – no início, Veríssimo jogaria por empréstimo em Portugal. 
O presidente Orlando Rollo argumenta que um fundo de investimentos belga anteciparia o valor a ser pago pelos portugueses com taxas de juro de 5,2% e 5,5%, mais custas. Desta forma, o Santos teria direito a receber 5,1 milhões de euros (R$ 31 milhões). 


Contudo, ainda seria necessário pagar 15% desse valor ao jogador e 10% ao empresário por ter intermediado a negociação. Diante de tudo isso, entrariam 3,8 milhões de euros (R$ 23,7 milhões) nos cofres do clube. 


Mais atraente


A proposta do Al Nassr prevê o pagamento da primeira parcela dez dias após a assinatura do contrato de transferência e a segunda até o dia 31 de janeiro de 2021. 


Dos R$ 33 milhões sauditas, o Santos também precisaria pagar 15% ao defensor e 10% ao empresário pela intermediação. Em razão disso, caso Veríssimo aceite defender o Al Nassr, o Santos terá direito ao total de R$ 25 milhões.


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