Corpo de Coutinho é velado no Salão de Mármore da Vila Belmiro
Ex-jogador morreu na segunda-feira (11). Bicampeão mundial pelo Santos, ex-jogador também foi campeão do mundo com o Brasil na Copa de 1962
O velório de Antônio Wilson Vieira Honório, o Coutinho, é realizado no Salão de Mármore da Vila Belmiro, desde a 1h desta terça-feira (12). O ex-jogador morreu por volta das 18h30 de segunda-feira (11), na casa de sua filha Rosângela, no bairro Marapé, em Santos. O velório se estenderá durante o dia, para que amigos, familiares, companheiros de futebol e torcedores possam prestar suas homenagens ao eterno camisa 9 do Peixe. O sepultamento está marcado para às 18h na Memorial Necrópole Ecumênica.
“Ele tinha diabetes e pressão alta. Creio que tenha sido em razão disso. O que posso dizer é que ele não sofreu, não sentiu dor, sequer agonizou. Estava com os olhos fechados e achávamos que ele estava cochilando na poltrona”, disse Rosângela.
Segundo ela, a família estava se preparando para levá-lo ao hospital no fim da tarde de segunda-feira, porque Coutinho não havia se alimentado bem ao longo do dia. “Ele não tinha comido nada hoje, e chegamos a chamar a ambulância. Mas, infelizmente, quando os médicos chegaram, já constataram o óbito”.
A causa da morte foi confirmada como infarto agudo no miocárdio em decorrência de diabetes e hipertensão arterial sistêmica, conforme afirmou ao G1 o médico Milton Mattozinho, ao sair da residência.
O Santos Futebol Clube decretou três dias de luto oficial pelo falecimento de Coutinho.
Coutinho teve passagens pela seleção brasileira, no entanto, foi no Santos que ele brilhou mais. Integrou o lendário ataque com Dorval, Mengálvio, Pelé e Pepe, considerado o maior de todos tempos. Nascido em Piracicaba, foi o mais jovem jogador a vestir uma camisa do Santos em partidas oficiais, com 14 anos.
Coutinho marcou 368 gols e jogou 457 partidas pelo clube nos períodos de 1958 a 1967 e 1969 a 1970, de acordo com o site oficial do clube.
Entre os principais títulos conquistados, estão o bicampeonato da Libertadores da América e do Mundial de Clubes, em 1962 e 1963. Ao todo, o eterno camisa 9 santista conquistou 19 títulos com a camisa do Peixe.
Coutinho era diabético, o que levou à amputação de três dedos do pé esquerdo. Em janeiro, o ex-jogador foi internado em estado grave em um hospital de Santos com pneumonia.
Por meio de nota em seu site oficial, o Santos lamentou a morte de Coutinho, dizendo que "o craque formou a parceria mais icônica da história do futebol ao lado de Pelé". Pelo Twitter, o clube fez postagens em homenagem ao eterno camisa 9. "A pequena área perdeu um dos seus professores", diz. Em outra publicação, o clube santista postou uma foto do ex-atacante com a legenda: "Você é eterno, Coutinho".
Por meio de sua assessoria de comunicação, Pelé lamentou a perda do amigo e eterno parceiro de ataque, dizendo que a "tabelinha da dupla Pelé-Coutinho fez o Brasil ficar conhecido em todo o mundo". José Macia, o Pepe, e Manoel Maria, outros ex-companheiros de Santos, também comentaram a morte de Coutinho.
A pequena área perdeu um dos seus professores. pic.twitter.com/XeTO3y4CZb
— Santos Futebol Clube (@SantosFC) 11 de março de 2019