Bustos assume responsabilidade por atuação do Santos, mas diz que esperava mais intensidade do time

Assim como o zagueiro Maicon, o técnico Fabián Bustos reconheceu que o primeiro tempo do Santos na derrota por 1 a 0 para o Coritiba, na noite desta quarta-feira (20), pelo duelo de ida da Copa do Brasil, no Couto Pereira, foi “desastroso”. O argentino também reclamou da arbitragem pelo pênalti não marcado em Madson, mas afirmou que os comandados o decepcionaram em relação à entrega e intensidade.

Em entrevista coletiva após o jogo, Bustos disse que promoveu mudanças na equipe em relação aos 11 que iniciaram o confronto na Vila Belmiro, no domingo (17), contra esse mesmo Coritiba, justamente para ter grande intensidade ao longo do jogo. Isso, contudo, esteve longe de ocorrer.

"Não esperava um primeiro tempo tão ruim. Estávamos descansados, com quatro trocas. Necessitávamos fazer essas trocas para termos intensidade. É verdade que o Coritiba fez três gols no Goiás há pouco aqui e não podemos tirar o mérito deles nessa vitória. Mas nós jogamos muito mal, longe do nosso nível", disse o técnico, que não se arrependeu de realizar tais trocas.

"Não me arrependo de mudar o time. Esse jogo não acabou. É mata-mata e temos 90 minutos em casa com nossa torcida incentivando. Tentaremos a reviravolta. Tenho que saber quem esteve à altura e quem não esteve, não me arrepender. Nós estamos no dia a dia e sabemos que não podemos jogar com o mesmo time todas as vezes. Tem cansaço, lesão e um monte de coisa. No domingo (24) estaremos fortes para tentar ganhar do América-MG e melhores na revanche com o Coritiba para virar e passar de fase. O importante é isso. O jogo não terminou. Tentaremos virar o jogo, fazer melhor e mais parecido com o que fizemos no domingo. Agora é pensar no América-MG, depois na Copa Sul-Americana no Chile (contra o Unión La Calera), no São Paulo, na Universidad Católica e só depois Coritiba", explicou.

Apesar da sua decepção com a intensidade do time, Bustos assumiu a responsabilidade pelo resultado sem esquecer de citar o erro da arbitragem ao não marcar o pênalti para o Santos.

"O principal responsável sou eu. Não fizemos o que planejamos. Não estivemos bem taticamente e defensivamente no primeiro tempo. O principal responsável sou eu. O João Paulo nos salvou, mas poderíamos ter saído daqui com 1 a 1 se o pênalti tivesse sido marcado. O Brasil inteiro viu o pênalti e nós nos levantaríamos emocionalmente. Melhoramos no segundo tempo, estivemos mais equilibrados. Sou o responsável por erros individuais, táticos e coletivos. Não me eximo da responsabilidade, mas poderia ser empate. E o jogo está aberto. São 180 minutos", concluiu.