Bambu respeita o Santos, mas diz que clube é passado e sonha com Olimpíada no Athletico-PR

Dez meses após o fim do vínculo com o Santos e da conturbada transferência para o Athletico-PR, o zagueiro Robson Bambu vive o melhor momento da carreira. Titular da defesa do Furacão que, na última quarta-feira (18), conquistou a Copa do Brasil sobre o Internacional, em pleno estádio Beira-Rio, o defensor de 21 anos comemora a boa-fase, sonha com a Olimpíada de Tóquio, em 2020, e afirma que a  relação com Peixe faz parte do passado. 

Em entrevista exclusiva para A Tribuna On-line, Bambu garante ter muito respeito pelo clube que o formou, mas evita se aprofundar.

“(O Santos) Está no passado. A minha história no Santos teve um ponto final. Respeito muito a instituição, mas quero pensar daqui para frente. As injustiças que sofri no Santos, Deus está tomando conta e a minha vida segue aqui no Athletico-PR”, diz o jogador. 

Bambu deixou a Vila Belmiro em novembro de 2018, depois do seu contrato chegar ao fim. Sem acordo com a diretoria santista, o defensor assinou um pré-contrato com o Athletico-PR e se transferiu sem que o Santos recebesse nada. A cúpula alvinegra busca ressarcimento na CBF, pois entende que tinha prioridade para renovar o primeiro vínculo profissional do jogador. 

Alheio às disputas entre os  clubes, o menino de São Vicente faz planos para o futuro. Com idade para disputar a Olimpíada do ano que vem, Bambu se mantém concentrado para ser lembrado pelo técnico da seleção brasileira sub-23, André Jardine, nas próximas convocações, uma vez que não foi chamado para os amistosos contra Venezuela e Japão, no mês que vem.

“É um sonho (disputar a Olimpíada). É uma competição para jogadores da minha idade. Fazendo bons jogos no Athletico-PR, a gente vai vendo esse sonho ficar mais próximo. Tenho muita vontade de defender o meu país”, diz.

A conquista

Capacidade técnica para concorrer por um lugar na seleção olímpica, Bambu mostrou na reta final da Copa do Brasil que tem. Afinal, para ajudar o Furacão na conquista ele precisou parar três dos principais atacantes em atividade no país: Gabigol, do Flamengo, Everton Cebolinha, do Grêmio, e Paolo Guerrero, do Internacional. 

Segundo o próprio zagueiro, ser apontado sempre como azarão diante desses adversários motivou a ele e a todo o Athletico-PR. 

“É normal as pessoas não acreditarem na gente. O nosso clube está crescendo muito. Flamengo, Grêmio e Inter são times com mais títulos e, por isso, é claro que muitos poderiam não acreditar em nós. Acontece que, quando chegamos no 11 contra 11, essas coisas não importam. Fomos campeões por acreditar no nosso time”, comenta Bambu antes de lembrar que o Athletico-PR chegou muito forte à decisão. 

“Quando você passa por um clube como o Flamengo, no Maracanã lotado, você fica mais confiante. Na sequência, passa pelo Grêmio após reverter um resultado adverso. Isso claramente nos deixou ainda mais fortalecidos. Nós chegamos na final muito confiantes e tivemos a conquista. Todos esses momentos ficarão marcados para sempre na minha vida”, finaliza o defensor, que tem vínculo com o Furacão até o fim de 2022.