Justiça da Itália aguarda PF localizar Robinho para dar sequência a pedido de extradição

Ex-jogador não está foragido, e advogado da vítima acredita em questões burocráticas

Por: ATribuna.com.br  -  25/04/22  -  11:13
Justiça italiana aguarda polícia federal do Brasil para resolver situação de Robinho
Justiça italiana aguarda polícia federal do Brasil para resolver situação de Robinho   Foto: Ivan Storti/Santos FC

A Justiça italiana ainda aguarda que a Polícia Federal (PF) brasileira a notifique sobre a localização do atacante Robinho e do amigo dele, Ricardo Falco, ambos condenados por estupro em 19 de janeiro pela Corte de Cassação da Itália, em última instância e sem possibilidade de recurso. O caso ocorreu em 2013 e teve como vítima uma albanesa que, à época, comemorava seu aniversário de 23 anos.


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Segundo o site UOL, uma fonte da justiça italiana afirmou que, enquanto o Ministério Público de Milão não receber da PF o aviso de que Robinho e Falco foram localizados, eles não podem prosseguir com o pedido de extradição ou mesmo com o pedido de transferência de execução de pena. A dupla foi condenada a nove anos de prisão.


Por sua vez, a assessoria de imprensa da Polícia Federal comunicou que "por se tratar de nacional brasileiro, não poderá ser extraditado, tendo em vista a extradição de nacionais ser vedada por nossa Constituição, e nos termos do Artigo 6° do Tratado de Extradição firmado entre Brasil e Itália". O comunicado conclui informando "que é possível à Itália solicitar a persecução penal do caso no Brasil, pelos canais de cooperação jurídica internacional", com base no mesmo Artigo 6° citado anteriormente.


Também segundo apurado pelo UOL, o paradeiro de Robinho não é desconhecido, ou seja, ele não está foragido e segue morando em seus imóveis em Santos e Guarujá. O advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, disse que esperar que a demora na notificação seja um problema de lentidão burocrática.


"Espero que seja um problema ligado à lentidão da burocracia e não uma tentativa de atrasar a execução de uma sentença justa. Tenho máxima confiança nas autoridades brasileiras", disse o advogado.


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