Barco de Santos é vice-campeão da Semana da Vela de Ilhabela

Campeão da 49ª edição, que reuniu 115 de barcos e mais de mil velejadores, foi o Crioula, de Porto Alegre

Por: Reginaldo Pupo, especial para A Tribuna  -  30/07/22  -  22:44
Atualizado em 31/07/22 - 13:38
Na última regata, neste sábado, os santistas do Phoenix ficaram em quarto
Na última regata, neste sábado, os santistas do Phoenix ficaram em quarto   Foto: Matias Capizzano/divulgação

Com participação de 115 barcos do Brasil e da Argentina, e mais de mil velejadores, a 49ª Semana Internacional de Vela de Ilhabela terminou ontem com o barco santista Phoenix na segunda colocação geral da classe ORG (a principal). Em primeiro lugar, ficou o Crioula, de Porto Alegre. E em terceiro, o Argos, de Ubatuba – com Lars Grael.


A última prova, ontem, foi decisiva para definir o resultado final: os santistas ficaram em quarto e os gaúchos em segundo. O barco com Lars Grael ficou em terceiro na regata do dia.


Realizado pelo Yacht Club e pela Prefeitura de Ilhabela, o evento foi uma prova da importância da Vela de Oceano ao País. Torben Grael, com cinco medalhas olímpicas e bicampeão na Star, em 1996, em Atlanta, e 2004, em Atenas, por exemplo, destacou a formação dos mais jovens.


“A vela de oceano dá oportunidade para a garotada mais jovem velejar junto com iatistas mais experientes. (...) Essa regra de permitir um tripulante mirim na embarcação é um incentivo a mais para eles seguirem velejando e se interessando pelo esporte”, destacou o comandante do veleiro Clássico Lady Lou, de 1969.


Marcelo Ferreira, de volta às competições após mais de uma década, reedita a parceria bicampeã olímpica com Torben no mesmo veleiro na SIVI e ressalta a inclusão: “O importante é ver que a gente consegue formar tripulantes, porque nem todo mundo é timoneiro e nem proprietário de um barco”, apontou.


“A vela oceânica é uma das raízes da vela porque envolve um trabalho de time. E o bonito é ver no final do campeonato a evolução das equipes, a união entre os velejadores. Além disso, permite a participação de atletas amadores e em potencial, que estão querendo entrar na vela”, apontou Martine Grael.


Lars Grael, duas vezes bronze, em 1988, em Seul, e 1996, ambos na classe Tornado, acrescentou a questão econômica que a Vela de Oceano envolve e o encontro e disputa dos amadores com os nomes consagrados do esporte.


“Por ser uma categoria que permite barco de portes, projetos e tamanhos diferentes é a que mais atrai velejadores. São barcos de grande porte. É onde os velejadores entram com pouca experiência e se consagram. E também onde velejam nomes consagrados, velejadores olímpicos, medalhistas, campeões mundiais”.


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Comodoro da Associação Brasileira de Veleiros de Oceano, Mario Martinez ressaltou a importância da competição e a presença dos mais fortes nomes na raia do Canal de São Sebastião. “Foi muito bom rever os amigos, os grandes velejadores brasileiros, campeões olímpicos todos prestigiando o evento maravilhoso com muitos shows, confraternização após anos de pandemia. Ilhabela está como sempre foi, retomou seu auge”.


“A classe Oceano é a principal do Brasil em número de velejadores , com presença em todo litoral brasileiro. A CBVela quer se envolver cada vez mais com a Vela de Oceano, ela tem tudo que se deseja na vela, os amadores, a alegria, a diversão e a competição de alto nível e alto rendimento, tudo em um evento só. Então a CBVela junto com o Yacht Club de Ilhabela, a Prefeitura Municipal de Ilhabela a Federação de São Paulo, ela está sempre envolvida cada vez mais com esse evento", disse Marco Aurélio de Sá Ribeiro, presidente da CBVela, que marca presença no evento.


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