Atlético-MG afasta funcionário após assédio a jogadora

O Atlético-MG afastou o funcionário que estava fantasiado como o mascote "Galo Doido", na partida contra a Caldense, no último domingo (16), pelo Campeonato Mineiro. O homem foi acusado de machismo após induzir uma atleta da equipe feminina de futebol a dar uma "voltinha"

O time mineiro aproveitou o jogo para apresentar o elenco de seu time feminino para a temporada, além de um velho conhecido da torcida, o atacante Diego Tardelli, que retornou para a terceira passagem pelo clube. Enquanto as jogadoras e o atacante cumprimentavam o público presente Mineirão no gramado, o mascote teve uma atitude que foi condenada por boa parte da torcida, sobretudo por mulheres.

Ao chegar em frente à zagueira Calhau, o Galo Doido induziu a atleta a dar uma "voltinha". Depois, ele se virou à câmera, esfregou as mãos e as levou à boca, em um ato que foi desaprovado por torcedoras do Atlético-MG. Por conta da repercussão negativa, o clube de Belo Horizonte soltou uma nota lamentando o ocorrido e informando que o funcionário foi sumariamente afastado.

"Pedimos desculpas à atleta, às demais jogadoras e a todas as torcedoras e torcedores pelo lamentável ato", escreveu o clube, em comunicado, depois do mascote ter sido acusado de machismo.

Nas redes sociais, a namorada de Calhau, Lorrayne Macedo, jogadora do Flamengo, repudiou o comportamento do Galo Doido. "A reação dele esfregando as mãos e passando a mão na boca me dá nojo, já me incomodaria sendo uma pessoa que não conheço, mas me incomoda mais ainda sendo minha namorada. São atletas profissionais, estão ali pela profissão, serem reconhecidas como jogadoras. Não por corpo ou beleza!", disse.