Eleições em Santos: Cascione levanta suspeita sobre licença concedida a candidato do PSDB
Rogério Santos estaria recebendo salário da Prefeitura de Cubatão, onde é concursado, mas sem trabalhar. Campanha do tucano fala em fake news e diz que ele está de licença-prêmio
No dia 1º deste mês, o candidato a prefeito de Santos pelo Pros, Vicente Cascione, divulgou em uma live que o postulante ao Executivo pelo PSDB, Rogério Santos, estava recebendo normalmente da Prefeitura de Cubatão, onde é concursado como odontólogo, mas não estaria trabalhando desde junho, o que representaria uma imoralidade.
O tucano estava cedido à Prefeitura de Santos até maio, quando deixou a Secretaria de Governo, para poder participar do pleito deste ano. Cascione citou que há um decreto do Executivo de Cubatão, de março deste ano, que suspendeu férias e licenças a servidores das pastas de Saúde, Assistência Social e Segurança Pública e Cidadania durante a pandemia de covid-19.
A Administração Municipal informou que Rogério, quando foi cedido a Santos, em 2013, já estava à disposição da Secretaria de Gestão. Porém, ao consultar o Portal da Transparência de Cubatão, a reportagem identificou que o candidato do PSDB segue lotado na Secretaria de Saúde.
Na última quarta-feira (4), a reportagem pediu o número do processo administrativo onde consta o pedido de licença-prêmio do candidato, mas não obteve um retorno até o momento.
O Executivo de Cubatão explicou que Rogério Santos teve direito a tirar, a partir de 1º de junho deste ano, licença-prêmio, benefício previsto a servidores com mais de cinco anos de casa.
A Prefeitura informou ainda que Rogério tem o direito de receber salário neste período de licença-prêmio, que vai até o dia 26 de janeiro do próximo ano.
A assessoria de campanha do candidato a prefeito de Santos pelo PSDB classificou que a situação levantada pelo adversário é uma fake news plantada para tentar tumultuar o pleito. Foi citado ainda que Rogério Santos está de licença-prêmio, “que é um direito garantido a qualquer servidor público municipal. O restante é desespero da oposição”.