Candidata à prefeitura, Solange vira líder isolada em São Vicente, diz IPAT

Candidata do PSDB ocupa a primeira colocação além da margem de erro, indica IPAT; Kayo Amado e Pedro Gouvêa estão empatados

Por: Rafael Motta  -  14/11/20  -  10:30
Prefeitura de São Vicente
Prefeitura de São Vicente   Foto: Divulgação/ Prefeitura de São Vicente

Às vésperas da eleição de domingo (15), a candidata do PSDB à Prefeitura de São Vicente, Solange Freitas, se tornou líder em intenções de voto, com 26,5%, conforme o terceiro levantamento feito na Cidade pelo Instituto de Pesquisas A Tribuna (IPAT).


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A vantagem de Solange para os dois adversários mais próximos, que estão empatados, supera a margem de erro da pesquisa, de 3,5 pontos percentuais: Kayo Amado (Pode), que obteve 19%, e Pedro Gouvêa (MDB), candidato à reeleição, com 18,7%.


Explicando: se fosse aplicada a margem, retirando-se 3,5 pontos das intenções de voto de Solange, ela estaria à frente de Amado e Gouvêa mesmo que eles recebessem 3,5 pontos a mais. No mínimo, a tucana ficaria com 23%. No máximo, eles teriam 22,5% e 22,2%, respectivamente.


Os demais concorrentes não atingem 1% das intenções de voto.


Esses resultados são os da pesquisa estimulada, na qual se mostra ao eleitor um disco com os nomes dos concorrentes. Nos levantamentos anteriores, realizados em 17 e 18 de setembro e em 14 e 15 de outubro, houve empate triplo.


A disputa está concentrada nestes três concorrentes e não é possível dizer quais deles estarão no segundo turno – que, de acordo com a pesquisa, ocorrerá, pois a candidata tucana tem 40,2% dos votos válidos (veja nesta página simulações de eleição no dia 29).


A ordem numérica dos três primeiros colocados foi a mesma na pesquisa espontânea, na qual o entrevistador não indica opções ao eleitor. Neste caso, houve empate triplo, dentro da margem de erro: Solange, 20,9%; Amado, 15,5%; e Gouvêa, 14,2%.


Entre eles, há disparidade nos índices de rejeição: 22,8% disseram que não votariam em Gouvêa de jeito nenhum. Em Kayo Amado, 3,8%; em Solange, 2,3%.


Influência


O coordenador do IPAT, Alcindo Gonçalves, avalia que o atentado sofrido por Solange Freitas e sua equipe teve “grande impacto” no resultado atual: o ataque aconteceu na manhã de quarta-feira, dia em que pesquisadores do instituto começaram o levantamento, encerrado na quinta.


“Grande parte da pesquisa foi feita após o conhecimento, pelas pessoas, do evento. A arrancada (da candidata) pode estar ligada ao efeito (emocional) do atentado”, afirma o cientista político.


Gonçalves lembrou dois fatos que mexeram com o cenário eleitoral brasileiro. Em 13 de agosto de 2014, o candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, morreu num desastre de avião em Santos. Sua vice, Marina Silva, passou a encabeçar a chapa e liderou pesquisas, mas perdeu fôlego e não foi ao segundo turno.


Em 6 de setembro de 2018, o também candidato ao Planalto Jair Bolsonaro, então no PSL, foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG). Já em ascensão no eleitorado, tomou em definitivo a dianteira nas pesquisas após o episódio. 


A pesquisa, feita com 800 eleitores e nível de confiança de 95%, foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-03537/2020.


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