Passou quase batida a eleição dos vereadores que comporão a Mesa Diretora da Câmara de São Vicente entre 2023 e 2024. A votação ocorreu nesta quinta-feira (2) à tarde, devido à recente mudança na Lei Orgânica do Município pela qual essa escolha deve ser feita na primeira sessão legislativa de junho — nas duas legislaturas anteriores, isso ocorreu em dezembro, como se dá na maioria das câmaras.
O atual presidente, Thiago Alexandre (União), queria a reeleição. Por oito votos a sete, porém, foi derrotado pelo colega de partido Adoilson Ferreira dos Santos, o Adilson da Farmácia. A escolha deveria ter ocorrido de forma remota, pois as sessões têm sido a distância por causa da reforma do plenário. Mas os oito vereadores do grupo vencedor haviam comparecido ao prédio da Casa.
Ao ver que os demais não apareciam, resolveram declarar o início da sessão. Minutos depois, o presidente e seus apoiadores surgiram. Somente com os 15 vereadores a reunião começou, no Gabinete da Presidência.
Na balbúrdia, sobressaiu a afirmação do vencedor, Adilson da Farmácia, de que o resultado da eleição não significa nada “contra o governo” do prefeito Kayo Amado (Pode). É que, extraoficialmente, o Executivo esperava ver Thiago Alexandre mais dois anos no cargo. No entanto, Amado não tem oposição.
O União Brasil, com quatro vereadores em São Vicente, dividiu-se na votação de ontem. Eduardo Oliveira, o Dr. Eduardo, votou em Adilson, e Wagner Santos Pinheiro, o Wagner Cabeça, em Alexandre. Estes dois haviam disputado entre si a eleição para a Mesa na posse da legislatura atual, no início de 2021.
E foi o terceiro 8 a 7 seguido no placar de votações para a Mesa Diretora na Câmara mais antiga das Américas. Aconteceu no embate entre Thiago Alexandre e Wagner Cabeça, e em 2018, entre Wilson Cardoso (vencedor) e Felipe Roma, o Rominha — ambos fora da Casa, hoje.
Também vão compor a próxima Mesa vicentina os vereadores Higor Ferreira (PSDB, vice-presidente), Tiago Peretto (PL, primeiro-secretário) e Anderson de Jesus Laureano, o Dercinho Negão do Caminhão (MDB, segundo-secretário).
