Única estrutura de Niemeyer na Baixada Santista é exaltada por moradores e turistas; VÍDEO
Além de paisagem privilegiada proporcionada aos visitantes da Ilha Porchat, mirante impulsiona comércio em São Vicente
O monumento em homenagem aos 500 anos do Brasil, também conhecido como “Monumento Niemeyer”, localizado na Ilha Porchat, em São Vicente, é a única estrutura projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, que faleceu em 2012, na Baixada Santista. Construído em 2002, o local atualmente conta com ‘histórias de amor’ escritas em suas paredes, entre outros recados, além de uma vista privilegiada das praias. A equipe de A Tribuna foi até o mirante e entrevistou moradores, turistas e também quem trabalha nos arredores da construção. Confira suas opiniões na videorreportagem abaixo.
Em entrevista, o microempresário Guilherme Martins afirmou que frequenta o local diariamente após praticar exercícios físicos.
“Acho bom, principalmente depois de uma subida [no morro], é bom para dar uma relaxada”, diz Martins. Morador de São Vicente, explicou o que sente por ter uma estrutura projetada pelo famoso arquiteto em sua cidade. “Acho legal e gosto dele, poderia ter mais”.
Ainda sobre a estrutura 'exclusiva' de Niemeyer na Baixada, vale lembrar que seu formato arrojado também carrega uma curiosidade relevante, uma vez que seu vértice 'aponta' para uma linha imaginária direcionada para o Congresso Nacional, outro projeto do arquiteto.
Em um restaurante próximo ao mirante, o maitre Antônio Carvalho Rabelo, que mora e trabalha em São Vicente, considera que o monumento auxilia o comércio local, uma vez que chama a atenção de visitantes. “É muito importante porque os turistas buscam conhecer a obra do Oscar Niemeyer em São Vicente, afinal, é um ponto turístico relevante na cidade e isso ‘reflete’ no nosso comércio também”.
Como cidadão ‘vicentino’, ele descreveu a emoção de ter uma obra 'exclusiva’ projetada pelo arquiteto ao seu alcance. “É muito importante para a cidade ter um monumento feito por uma pessoa como o Oscar Niemeyer. Principalmente por se tratar da primeira cidade do Brasil”.
O mesmo sentimento vale para aqueles que moram em outro local, mas mantém uma residência na Baixada Santista. O advogado Judson de Souza, acompanhado de sua esposa, Nathalie de Souza, aproveitam frequentemente o lugar depois de uma 'pedalada’ em suas bicicletas. “Sempre que venho, subo no mirante para pegar um pouco de ‘força’ na subida. Até já me ‘acostumei’ com a vista”, brinca o homem.
Ainda com os ‘turistas’, a artista visual Aline Ribeiro, que passeava pela Baixada Santista, estava acompanhada de uma amiga e aproveitou a oportunidade para conhecer o monumento. “É a primeira vez que venho em Santos [e região] e também no mirante. Achei bem legal e o visual é bonito”, explica a turista. Perguntada sobre o fato de a estrutura ser a única projetada pelo arquiteto na região, respondeu: “Fiquei sabendo agora e achei muito legal conhecer um pouco sobre esse ‘lado’ do local”.
A amiga que a acompanhava, a administradora Sheila Pereira, mora na Baixada Santista e já visitou o local em outras oportunidades. “Já vim mais vezes, mas não sabia que ele tinha sido projetado pelo Niemeyer, foi uma grata surpresa”, afirma. “É um lugar muito gostoso para estar em contato com a natureza. Com essa vista toda, que ‘enche os olhos’, vale muito a pena”, finaliza.
