Servidores de São Vicente suspendem greve e voltam ao trabalho na segunda
Categoria vai retomar as atividades, mas mantém estado de greve e aguarda julgamento do dissídio coletivo
Atualizado em 26/03/22 - 12:50
![Servidores de São Vicente suspenderam a paralisação, mas vão manter o estado de greve](http://atribuna.inf.br/storage/Cidades/São_Vicente/censurado3161875012483.webp)
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Vicente (SindSerSV) decidiu, em assembleia realizada na noite desta sexta-feira (25), suspender a greve, iniciada no último dia 10. Apesar da categoria reivindicar um reajuste de 16% e a Prefeitura oferecer apenas 1,8% de reposição, a maioria dos servidores votou por voltar às atividades a partir da 0 hora de segunda-feira (28), mas manter o estado de greve.
Rechaçando a proposta da Prefeitura, “de longe, o menor percentual em comparação a todas as cidades da Baixada Santista”, o SindServSV voltou a criticar a intransigência da Administração Municipal em negociar um acordo, mas decidiu “suspender a greve por identificar os limites dessa tática e para encontrar outras formas de atingir seus objetivos”.
Apesar de recusar o índice proposto, o sindicato afirmou que “não tem oposição às propostas já formalizadas de pagamento das dívidas com aposentadoria de 2016, o estabelecimento do piso de acordo com o salário mínimo vigente para os Auxiliares de Serviços Básicos e outras categorias, cujo salário base está abaixo desse patamar”.
Na quinta-feira (24), a audiência de conciliação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), com a participação da Prefeitura e do presidente e advogado do sindicato, terminou sem acordo em razão da falta de uma contraproposta da Administração aos funcionários públicos.
Diante do impasse, a Justiça deverá fixar o percentual de reposição salarial através do julgamento do dissídio coletivo da categoria, que ainda não tem data definida para acontecer. O sindicato afirma que aguardará a decisão e lutará para recuperar os dias paralisados que foram descontados dos salários dos grevistas.
A Tribuna entrou em contato com a Prefeitura, que não se pronunciou sobre o assunto até a publicação desta matéria.