Servidores de São Vicente decidem nesta sexta se continuam greve

Categoria vai analisar a proposta de reajuste apresentada pela prefeitura

Por: Sandro Thadeu  -  11/03/22  -  06:57
Atualizado em 11/03/22 - 13:25
Cerca de 600 funcionários públicos saíram pela manhã da porta da Prefeitura em passeata
Cerca de 600 funcionários públicos saíram pela manhã da porta da Prefeitura em passeata   Foto: Flávio Hopp/AT

Os servidores municipais de São Vicente estarão reunidos nesta sexta-feira (11), a partir das 18h30, na sede do sindicato da categoria, para analisar a proposta de reajuste salarial apresentada pela Prefeitura na quarta-feira (9) e decidir se continuam ou não em greve, iniciada nesta quinta-feira (10).


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Mais cedo, às 8 horas, ocorrerá nova manifestação dos trabalhadores, que sairão da sede do SindServSV, na Rua Visconde de Tamandaré, no Centro, em direção ao Paço Municipal.


Nesta quinta-feira (10), cerca de 600 funcionários públicos se concentraram na porta da Prefeitura, a partir das 7 horas, em ato contra a proposta municipal de corrigir os vencimentos em 1,8%, ante 16% de inflação em dois anos em reajuste.


Alguns participantes carregavam faixas e cartazes para reclamar da postura do prefeito Kayo Amado (Podemos). Vários deles estavam com nariz de palhaço. Por volta das 10h30, o grupo iniciou uma passeata por algumas vias do Centro e retornou ao Paço Municipal. A mobilização foi encerrada ao meio-dia.


Na quarta-feira, a Justiça acatou parcialmente o pedido da Prefeitura vicentina e determinou que o SindServSV garantisse que apenas 20% dos trabalhadores da saúde e da educação, de cada unidade, participassem da greve.


A liminar citava ainda que, nos setores administrativos, 30% dos servidores deveriam trabalhar normalmente. Em caso de descumprimento da determinação, a entidade sindical estaria sujeita a uma multa diária de R$ 50 mil.


O presidente do SindServSV, Edson Paixão, afirmou que, apesar da decisão judicial, o movimento teve uma grande participação. “Também recebemos um grande apoio da população e de outras entidades durante a manifestação”, disse.


Possíveis avanços
A Prefeitura informou que somente nesta sexta (11) terá um balanço da adesão dos trabalhadores à paralisação e reiterou que as propostas de reajuste “corrigem uma distorção histórica” e terão impacto diretamente nos salários, cálculos de adicionais, aposentadorias e outros benefícios da categoria.


A garantia de que nenhum trabalhador ganhará menos de um salário mínimo, a incorporação progressiva do abono no salário até 2024 (iniciando-se, neste ano, em 30%) e o pagamento das rescisões das aposentadorias atrasadas, começando pelas realizadas em 2016, são parte das melhorias apresentadas para a apreciação dos trabalhadores.


Na noite desta quinta (10), os servidores vinculados ao Sindicato dos Trabalhadores no Magistério e na Educação Municipal (Sintramem) estiveram reunidos para avaliar a proposta da Prefeitura, mas A Tribuna não obteve o resultado da assembleia até a finalização desta matéria.


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