Professores recebem pintura indígena em São Vicente
Programação da Semana do Meio Ambiente movimentou o Instituto Histórico e Geográfico
Atualizado em 02/06/22 - 23:14
![Professores foram pintados pelos índios guarani, da aldeia Paranapuã](http://atribuna.inf.br/storage/Cidades/São_Vicente/censurado2763858611536.webp)
“O objetivo é tentar ter uma concepção diferente deles, quem é esse povo, qual a importância na nossa cultura e na forma de se relacionar com a natureza. É algo que tem uma enorme importância, não só para as crianças, mas para todos nós. Estamos precisando fazer essa reconexão”, afirma a coordenadora do Núcleo de Educação Ambiental da Seduc de São Vicente, Vandilma Galindo.
“A gente foi buscar a essência da Educação Ambiental: trabalhar dentro de um contexto que valorize o resgate da história, da cultura, a parte ambiental e social. E, para que isso chegue aos nosso alunos, tem que começar pelo professor”, resume.
Pintura e significado
Aos poucos, alguns professores receberam pinturas indígenas, feitas pelo cacique guarani Wé Rá Mirim. No rosto e nos braços, as marcas de uma tribo que tem quase 100 pessoas, muitos entre 10 e 15 anos. Serão eles os guardiães das tradições indígenas.
Além do vermelho, o preto - mistura do resultado da extração do jenipapo com carvão - tem forte simbolismo próprio: o luto eterno pelos povos dizimados.
Fotografia
Entre as atividades desta quarta, o professores puderam conhecer a antotipia, um processo fotográfico que envolve a utilização de pigmentos vegetais com material fotossensível e que permite a produção de imagens fotográficas.
“Não conhecia essa técnica. Surpreendeu porque é simples e vai estimular a criatividade da criança. Dessa forma, você dissemina a cultura e elas saem um pouco do videogame e do streaming com atividades práticas”, conta Ricardo Paiva, professor da UME Jacob Andrade Câmera, na Cidade Náutica.