População e vendedores comentam sobre 'corrida maluca' em São Vicente: 'Passear e sair de casa'
Movimentação no mais popular centro comercial da Baixada Santista foi intensa durante todo o sábado (6)
Atualizado em 07/06/20 - 13:43
Parecia até véspera de Natal. O primeiro sábado de reabertura do comércio em São Vicente tinha lojas e calçadas cheias, ruas com trânsito e muita gente circulando sem máscara.
A dona de casa Maria Valentina Santana, de 59 anos, disse que não via a hora de sair de casa. “O comércio daqui é muito popular e eu sempre me distraí vindo passear, vendo pessoas e dando uma olhada nas lojas. Já tinha passado da hora de abrir as portas”.
Quem concorda com ela é o aposentado Gerônimo Albuquerque, de 75 anos. Ele pegou uma máscara e não pensou duas vezes antes de sair de casa. “Com a minha idade, é difícil mudar alguns hábitos. Eu tenho o costume de passear pelo Centro há muitos anos e não vai ser agora que mudarei isso”.
A atendente Kelly Cristina Santos, de 32 anos, não esperava o movimento na loja de sapatos em que trabalha há pouco mais de um ano. “Fiquei surpresa com a quantidade de pessoas circulando, mas muita gente não comprou. Acho que foi mais para passear e sair de casa”.
O atendente Ricardo Pereira, de 35 anos, disse que atendeu bastante gente, mas que as compras também não acompanharam a procura na loja de roupas em que ele trabalha. “A maioria estava pesquisando preço e alguns diziam estar atrás de presentes para o Dia dos Namorados”.
Durante a semana, o prefeito Pedro Gouvêa (MDB) chegou a pedir às pessoas que ficassem em casa, evitando uma “corrida maluca” ao Centro e saindo só em caso de necessidade: “Estamos falando de vidas”.
Ilha Porchat
Ainda neste sábado (6), cavaletes foram colocados para isolar as vagas na subida da Ilha Porchat para diminuir o fluxo de pessoas e veículos parados no local. Segundo a Prefeitura, eles serão colocados aos sábados, domingos e feriados, das 7 às 19h, para evitar aglomerações. O som é proibido das 22 às 6h.