Motoristas cruzam os braços e São Vicente amanhece sem ônibus pela 4ª vez no ano

Greve dos funcionários da Otrantur teve início na madrugada desta sexta-feira (1º)

Por: ATribuna.com.br  -  01/07/22  -  09:03
Motoristas estão de braços cruzados nesta sexta (1º)
Motoristas estão de braços cruzados nesta sexta (1º)   Foto: Reprodução/TV Tribuna

Os funcionários da Otrantur, empresa responsável pelo transporte coletivo em São Vicente, cruzaram os braços na manhã desta sexta-feira (1º) pela quarta vez em 2022. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sindrod), além do atraso do pagamento do salário, o vale refeição e a cesta básica estão atrasados há dois meses.


Clique, assine A Tribuna por apenas R$ 1,90 e ganhe centenas de benefícios!


Em entrevista à TV Tribuna, o presidente do sindicato, José Alberto Torres Simões, afirmou que não recebeu ainda nenhuma liminar para que o transporte volte a circular.


"Estamos aguardando também alguma notificação da Prefeitura ou da empresa, até o momento ninguém procurou a gente".


Simões afirmou que os funcionários estão com dois vales refeição atrasados, duas cestas básicas e o salário, que deveria ser pago nesta quinta-feira (30). "Também temos duas parcelas do acordo feito na última greve no TRT, que a empresa também não honrou".


Esta é a quarta greve dos funcionários da Otrantur em São Vicente neste ano, sendo a última no início de março. Nenhum dos coletivos municipais está funcionando nesta sexta-feira.


O sindicato afirma que a empresa alegou não ter condições de arcar com o pagamento e apresentou uma proposta de reajuste de 0%, o que ocasionou o movimento de greve.


"A Prefeitura finge que tem transporte urbano, finge que faz o transporte e o trabalhador e a população paga a conta".


Resposta
Em nota, a Otrantur informou que adota as medidas necessárias para garantir o atendimento à população e que alguns valores não foram pagos aos funcionários da empresa devido a uma crise financeira, "imposta não só pela pandemia mas por diversos outros eventos, como o não reajuste da tarifa, aumento do diesel e, principalmente, pelo repasse do subsídio ainda não ter sido efetuado por parte da Prefeitura".


A empresa diz buscar o diálogo e a construção de um acordo junto aos mais de 200 colaboradores que compõem o quadro.


O que diz a administração municipal
A Prefeitura de São Vicente informou por meio da Secretaria de Defesa e Ordem Social (Sedos), que notificará o sindicato da categoria para "assegurar contingentes de trabalhadores necessários para a circulação de 100% da frota da concessionária no horário de pico (6h às 9h e 16h às 19h) e de 60% nos demais horários, a fim de que a população não seja prejudicada".


A pasta diz também que notificará a empresa concessionária para que quite os débitos com os colaboradores com a "máxima urgência", a fim de regularizar o transporte público municipal.


Logo A Tribuna