Jovem de São Vicente supera Covid, pneumonia e vive reta final de tratamento contra tuberculose

Yohann de Almeida foi diagnosticado com as três doenças nos últimos seis meses e teve 70% do pulmão comprometido

Por: Daniel Gois  -  22/04/21  -  06:46
    Aos 26 anos, Yohann tinha dúvidas se conseguiria superar as três enfermidades
Aos 26 anos, Yohann tinha dúvidas se conseguiria superar as três enfermidades   Foto: Arquivo pessoal

Uma breve temporada no inferno. Esse é o título de um dos poemas escritos pelo jovem Yohann Oliveira de Almeida, de 26 anos, durante o tratamento de tuberculose, Covid-19 e pneumonia, doenças as quais ele ainda se recupera. Morador do Itararé, em São Vicente, ele achava que essa seria uma de suas últimas obras na vida.


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Yohann Almeida foi diagnosticado com tuberculose em novembro de 2020. No meio do tratamento, já em 2021, ele também contraiu a Covid-19, que se desdobrou em uma pneumonia. Todas deixaram sequelas.


"Pensei que fosse morrer, porque eu não respirava. O médico disse que eu tive 70% do pulmão comprometido. Ainda estou com muita falta de ar, canso muito rápido. Vou lavar uma louça e preciso parar no meio para sentar", explica.


Mas, na visão de Yohann, essas sequelas são as partes mais tranquilas do período. “No pico da tuberculose, eu sentia uma pontada no tórax, que parecia ter uma faca entrando", conta. "Quando tive a pneumonia, voltou essa pontada, além da falta de ar. Depois que passou, ainda fiquei dois ou três dias cuspindo sangue. O médico disse que era sangue do pulmão, porque machucou, e precisava expelir. Foi bem complicado”.


Recuperado da Covid-19 e da pneumonia, o jovem de São Vicente está na reta final de tratamento da tuberculose, com previsão de término para o mês de maio. Apesar dos sintomas, Yohann não precisou ficar internado, já que o nível de oxigenação do pulmão foi considerado aceitável para seguir a recuperação em casa.


Poemas


Desde a infância, quando ainda era morador de Praia Grande, Yohann tem a poesia como um hobbie. Começou a escrever os próprios poemas quando estava no sexto ano do ensino fundamental.


Apesar de querer seguir a profissão de segurança, o morador de São Vicente, não quer abandonar as poesias. Ele afirma que as obras o trouxeram forças psicológicas para enfrentar as três enfermidades.


"Quando eu estava no pico das doenças, escrevi três poemas, que me deram forças. Achei que seriam os últimos. Foi a poesia que não me deixou morrer. Quando eu estava lá, pensando que ia para outro lado, eu me segurei nela”, recorda o jovem, que estima ter cerca de 400 poemas só no celular.


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