Filhote de gavião é resgatado após quase se afogar em São Vicente: 'Foi sorte'
Ação contou com auxílio do Pelotão Ambiental da Guarda Civil Municipal de São Vicente, na sexta-feira (16)
Um filhote de gavião, com poucos dias de vida, foi resgatado após quase morrer afogado em um rio, em São Vicente. O animal foi recolhido por equipes do Pelotão Ambiental da Guarda Civil Municipal (GCM) da Cidade, após um pescador socorrer a ave após notar o risco. Ele segue em avaliação e passa bem.
A ação aconteceu na tarde de sexta-feira (16), no bairro Vila Nova São Vicente, na Área Continental. Equipes da GCM municipal, que participaram da ação, foram avisadas de que o animal estava em situação de risco antes de ter sido salvo.
Segundo o relato de uma moradora do bairro, a ave havia sido vista por seu marido enquanto ele pescava, em um rio próximo. Se debatendo e com risco de morrer afogado, o gavião acabou recolhido pelo homem e levado para casa. Lá, ele acionou a Polícia Militar que, por sua vez, avisou à GCM.
No endereço, o gavião foi recolhido. "O casal não mediu esforços para salvar a ave. Eles até cuidaram dele enquanto não chegávamos. Foi sorte", disse Adilson Santana de Lima, supervisor do pelotão ambiental da guarda.
Assim que recolhido, o animal foi encaminhado para a Aiuká Consultoria Ambiental, em Praia Grande, que realiza a reabilitação da fauna silvestre e marinha. Segundo Débora Santos, auxiliar de medicina veterinária, é comum a presença da ave na região.
"Ele deve ter de 10 a 15 dias de vida, e como tem poucas penas e é muito novo, ainda não dá para precisar de qual espécie ele pertence, principalmente por conta da plumagem", diz. Ainda há duvidas sobre a espécie exata da ave, que pode ser um Gavião Caracolero, Asa de Telha ou Cabloco.
"As três são comuns na região. Agora, o filhote está em uma espécie de ninho, em quarentena, que tenta reproduzir o habitat natural dele, além de ser alimentado de três a quatro vezes por dia, assim como faria a mãe", explica.
Débora também explica que, nestes casos, é importante acionar autoridades para o resgate. "Não adianta recolher, pois é difícil de cuidar. A alimentação é diferente e, se errada, pode prejudicar o animal, principalmente filhotes, causando uma intoxicação e até a morte", diz.
Com a missão cumprida, segundo o supervisor Lima, a ideia é que casos de resgates bem sucedidos como este voltem a se repetir. "É por conta de pessoas assim, preocupadas com nosso Meio Ambiente, que não desistimos", enfatiza.