Com UTI covid lotada, São Vicente trabalha na abertura de mais leitos para evitar colapso

São Vicente está há cinco dias sem vaga para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinada a pacientes com covid-19. Quem busca atendimento em estado grave fica em leitos de estabilização até o Município conseguir transferência via Central de Regulação de Vagas (Cross), porém, até a tarde de terça-feira (8), só havia mais cinco vagas desse tipo.

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Três pacientes já foram transferidos no sábado e um outro nesta terça. Eles foram levados para o Hospital Vitória, em Santos. As transferências tem ocorrido em prazo de 24 horas. Para evitar um colapso na Cidade, a secretária de Saúde, Michelle Santos, afirma que trabalha na abertura de mais leitos de UTI. A expectativa é criar, pelo menos, mais três, no entanto ainda não há uma data. Atualmente, o Município possui 10 leitos de UTI.

“Estamos trabalhando logisticamente, realocando equipes e equipamentos para ver a possibilidade de ampliação desses leitos. É preocupante (a situação), mas não paramos em nenhum momento de fazer contratações de pessoal e manutenções de equipamento para atender esses pacientes”.

Mais problemas

O Município também enfrenta dificuldades na área de enfermaria. A ocupação terça estava em 81%. Mas no final de semana chegou a 100%.

De acordo com a secretária, outra saída para a situação seria a abertura de um hospital de campanha regional no Pronto-Socorro da Linha Vermelha, no Voturuá, que foi erguido na administração anterior e está fechado por falta de profissionais e equipamentos. O Município já solicitou auxílio do Estado para colocá-lo em funcionamento e aguarda uma resposta. Com isso poderiam ser abertas mais 40 vagas para covid-19.

Atualmente São Vicente conta com 33 leitos de enfermaria e quatro de suporte ventilatório pulmonar, que funciona como uma espécie de semi-intensivo.

“E temos nove leitos de estabilização, que é onde o paciente fica aguardando a efetiva internação e temos dois leitos, isolados, em uma sala de emergência do Hospital Municipal”.

Michelle afirma, no entanto, que todo esse esforço não será suficiente se a população não se conscientizar e mantiver todos os protocolos sanitários. "Infelizmente a gente ainda vê muita gente que desacredita da doença, sem máscara, fazendo aglomeração”.