Viciados e sem-teto voltam a rondar em túnel do VLT e na vizinhança em Santos
Apenas com a Guarda Civil Municipal (GCM) por lá, moradores reclamam da falta de segurança no local
Apesar de a Prefeitura de Santos ter anunciado que custearia a presença de uma viatura da Polícia Militar (PM) 24 horas diante do túnel da estação N. Sra de Lourdes, para inibir a presença de usuários de drogas, o prometido durou pouco. Apenas com a Guarda Civil Municipal (GCM) por lá, moradores reclamam.
O aposentado José Tadeu dos Santos, de 64 anos, conta que, à noite, voltou a ser comum viciados passarem carregando portões e mais itens furtados. “Quando a polícia ficou direto aqui, sumiu esse pessoal.”
A Tribuna esteve no local. Antes das 7h, costuma haver gente usando drogas no túnel. Na última quinta-feira (10), na hora do almoço, uma pessoa comia uma marmita na rua, sentada no chão.
Letícia Martins Diegues, de 19 anos, auxiliar administrativa que trabalha nas proximidades, lembra o furto recente de uma loja. “A última vez que vi a PM aqui foi na segunda-feira da semana passada. Já voltou a ser cheio de assalto, pois a guarda vai embora cedo.”
Moradora do Morro do José Menino, a secretária Marcia Sousa Lopes, de 38 anos, conta que até a migração de sem-teto deixou de ocorrer na semana em que a PM esteve lá.
Ao menos, a Guarda
O autônomo Yago Martins, de 20 anos, observa que, “realmente, vi a PM só uns dias seguidos aqui. Pelo menos ainda tem a guarda, que ajuda”, diz.
Enquanto a Reportagem esteve no local, na quinta-feira, viu a GCM abordando um homem reconhecido por levar produtos de uma loja próxima, em São Vicente. O suspeito foi reconhecido pelas vítimas e encaminhado à delegacia.
Resposta
A prefeitura afirma que o convênio para a Atividade Delegada – que permitiria ao Município pagar PMs de folga – ainda está em trâmites burocráticos.
Reforça, porém, que desde 23 de setembro a Base Móvel da GCM permanece no local, das 7 às 19 horas, e que, apesar de o convênio ainda não ter sido assinado, não há mais registro de usuários de drogas ou desocupados na região – apesar de moradores dizerem o contrário.