Veja onde e como estão os esquecidos orelhões de Santos; VÍDEO

Equipe de A Tribuna foi às ruas conferir o estado atual dos equipamentos da cidade

Por: Jordana Langella  -  02/06/21  -  08:58
       Orelhão quebrado no Gonzaga, em Santos
Orelhão quebrado no Gonzaga, em Santos   Foto: Jordana Langella/ AT

Se no passado, nos anos 70, os orelhões eram considerados inovadores para a comunicação dos brasileiros, na era dos smartphones, esses antigos telefones em formato de casca de ovo dificilmente são notados ou utilizados pela população. A equipe de ATribuna.com.br foi às ruas de Santos ver eles ainda têm utilidade e qual é o atual estado de conservação desses antigos aparelhos no município. Confira a videorreportagem abaixo.



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Criado em 1972, pela arquiteta e designer Chu Ming Silveira, o formato do orelhão, também chamado de “tulipa” e “cabeça de astronauta”, foi elaborado para oferecer boa acústica para as ligações das pessoas que viviam no Brasil no período. Porém, durante um rápido trajeto em Santos, a equipe de reportagem encontrou apenas cinco orelhões, sendo que apenas um estava funcionando.


Quebrados, sujos, com traços de vandalismo e até com números de celular de garotas de programa, os quatro aparelhos públicos encontrados foram vítimas do tempo e da má conservação. “Depois que foi criado o celular, o orelhão acabou, ninguém mais usa”, comentou o pintor João André de Souza.


Hoje, os orelhões representam uma época em que as pessoas não passavam boa parte do tempo com os olhos fixos e compenetrados em smartphones. O aposentado Eraldo de Almeida, de 76 anos, por exemplo, vivenciou o período em que as ligações precisavam de fichas telefônicas, mas hoje em dia nem observa mais o antigos orelhões. “Se você não tivesse me perguntado, teria passado despercebido, nem teria notado que ele [o orelhão] estava aqui”, respondeu à reportagem.


Já para o empresário Lenon Bertelli, de 36 anos, o aparelho virou sinônimo de arte. “Parece um objeto de arte”, falou.


E não só para ele, durante a produção desta reportagem, foram encontrados em sites de venda online orelhões transformados em poltronas e até luminárias. Mas, não só isso, as fichas e cartões telefônicos também são vendidos como objetos de coleção, relíquias.


AINDA TEM MUITOS ORELHÕES NO BRASIL?


Curiosamente, ainda há muitos orelhões espalhados pelas ruas e avenidas de cidades. Segundo informações da Vivo de 2018, empresa de telecomunicações responsável por esses aparelhos públicos, só o Estado de SP conta com quase 180 mil orelhões. Já na capital, um pouco mais de 40 mil.


Contudo, cerca de 25% deles são alvos de vandalismo. Mas, quem quiser solicitar a manutenção de um desses aparelhos públicos, é necessário ligar para o número: 10315.


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