UPA da Zona Leste, em Santos, está 98% concluída e deve começar a atender em abril
Secretário de Saúde informou que nesta semana deve terminar o processo de licitação para a gestão da unidade
A obra da Unidade de Pronto Atendimento [UPA] da Zona Leste, na Praça Visconde de Ouro Preto, no Estuário, em Santos, está 98% concluída, segundo o secretário de Saúde de Santos, Fábio Ferraz. A expectativa, de acordo com ele, é que o trabalho seja finalizado em março e os atendimentos à população comecem em abril. “Não vamos ter nenhum tipo de atraso”.
“Estamos na fase de conclusão da rampa de acesso. Conseguimos fazer a licitação para o serviço de remoção das palmeiras [que estavam no local]. Tivemos que contratar uma empresa especializada para esse trabalho”. Ele aponta que outros detalhes ainda estão pendentes, como a instalação do elevador, mas destaca que “a obra segue bem”.
Ferraz aponta que, em funcionamento, a UPA da Zona Leste deve aliviar a demanda na UPA Central, que realiza, em média, algo em torno de 450 e 500 atendimentos por dia. Já a unidade da Zona Noroeste, de acordo com ele, recebe entre 400 e 450 pacientes por dia.
“O Pronto-Socorro da Zona Leste atende entre 250 e 300 pessoas por dia [unidade absorve parte dos casos de moradores do bairro]. A gente espera que a UPA da Zona Leste gire em torno de 400 a 450 pacientes/dia. [O fluxo] da UPA Central deve diminuir um pouco. Acreditamos que o número total nas três unidades passará para cerca de 1500 pessoas”.
Gestão
O secretário de Saúde informa que sete entidades disputam a licitação para poder gerir a unidade. Entre as concorrentes: InSaúde, Santa Casa de Pacaembu, Fundação do ABC [FUABC], Pró-Saúde, Associação Paulista de Gestão Pública [APGP], Fundação de Apoio à Universidade de São Caetano do Sul [FAUSCS] e SPDM [que faz gestão da UPA da Zona Noroeste].
Ferraz conta que no dia 23 de janeiro foram abertos os primeiros envelopes pela comissão de seleção, composta por servidores públicos [as entidades entregam duas cartas]. Essa primeira documentação é a parte mais burocrática, com balanço social, estatuto, entre outras questões referentes às interessadas.
Uma das entidades entrou com um recurso, o que atrasou o processo para que a questão fosse avaliada. O secretário espera, no entanto, que nessa semana sejam abertos os segundos envelopes.
“São das propostas técnicas, a parte mais importante. Nosso time vai fazer a avaliação em dois dias, não mais do que isso. Se não houver nenhum recurso, vamos declarar um vencedor entre 10 e 15 dias, mas ainda pode haver recurso”.
Assim que o contrato for assinado, Ferraz explica que há um prazo de 30 dias para que a unidade comece a funcionar. “Parte dos equipamentos que serão colocados na UPA da Zona Leste fazem parte do pós-contrato de gestão, ou seja, a entidade que os instala. Esse é um procedimento bem normal”.
Por isso a expectativa do secretário é que o atendimento na unidade ocorra em abril, pelo tempo para equipar o local. “É um modelo híbrido. Nós temos o prédio público municipal, parte dos equipamentos municipais e demais são adquiridos pela organização social, dentro, evidentemente, do que consta no contrato”.
Funcionários
Quanto à contratação de funcionários, Ferraz aponta que é “quase impossível que a prefeitura ceda servidores para trabalhar na UPA”. A missão caberá à Organização Social.
“É um modelo que acreditamos que dá um resultado positivo, porque conseguimos contratar os profissionais e permite a rotatividade deles. Ou seja, se [o funcionário] não estiver rendendo ou trabalhado a contento, ele é desligado e outro ingressa nos quadros da unidade. Com essa estratégia acreditamos estar sempre com pessoal comprometido com o serviço público”.