Servidores da educação dão início a greve de 24 horas em Santos
Trabalhadores se reuniram nesta manhã (25), na Praça Mauá, para protestar contra a volta às aulas presenciais
Servidores municipais da Educação de Santos se reuniram na porta da prefeitura na manhã desta quinta-feira (25) para protestar contra a volta às aulas presenciais durante a pandemia.
Realizado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv), a paralisação sanitária vai durar 24 horas e a concentração começou às 10h, na Praça Mauá.
Além da volta às aulas presenciais, outros motivos que levaram os servidores a protestar são: a terceirização das cozinhas e da Educação Especial, falta de manutenção nas escolas, de segurança e de diálogo com a Secretaria de Educação.
Para os servidores, o aumento no número de casos é um sinal de alerta e coloca em risco a saúde dos trabalhadores e estudantes. "Infelizmente algumas escolas voltaram ao trabalho presencial, e a gente já tem aumento de casos de covid, afastamento", diz Flávio Saraiva, presidente do Sindserv Santos.
Em nota divulgada na quarta-feira (24), a Secretaria da Educação (Seduc) informou que a prefeitura ofertou, em dois períodos antes da volta às aulas, testagem rápida da covid-19 a cerca de cinco mil servidores e profissionais que atuam nas unidades municipais de ensino de Santos e entidades subvencionadas: em novembro de 2020 e no final de janeiro deste ano.
Disse também que os profissionais considerados do grupo de risco para a doença foram afastados por precaução. Segundo levantamento feito em final de 2020, de 3.303 professores da rede municipal, 537 foram afastados (grupo de risco). Portanto, o ano letivo 2021 foi iniciado com 2.766 docentes no sistema gradual híbrido.
O retorno gradual das aulas presenciais está sendo feito com o máximo de cautela e responsabilidade. Todas as escolas estão cumprindo os protocolos exigidos e receberam itens de proteção individual e materiais de higienização. O plano foi amplamente discutido nos encontros da Comissão Escolar (Portaria 39/2020 – Seduc), formada por representantes das equipes gestoras das escolas, supervisores, professores e técnicos da Seduc, e do Comitê Intersetorial (Portaria 87/2020 – GPM), composto por membros das secretarias de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Gestão, Conselho Municipal de Educação e Escolas Particulares. O planejamento foi aprovado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e todas as decisões estão sendo avaliadas constantemente.
Também salienta que o retorno é gradual e híbrido e que as escolas recebem 20% da capacidade por dia, durante até 4h. Aos pais dos estudantes, as famílias que não desejarem enviar os filhos às escolas neste momento, podem optar por seguir com o aprendizado ao aluno no modelo remoto.
Protocolos
O Programa Saúde na Escola (PSE), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), atua de diversas formas em todas as escolas municipais, tendo a equipe gestora como referência para o contato. Todos os casos suspeitos e confirmados de covid-19 na rede municipal de ensino são comunicados pela direção da unidade ao PSE e à Supervisão de Ensino. Cada caso é monitorado e são tomadas as medidas necessárias.