Saúde mental em Santos não será terceirizada, diz secretário

Adriano Catapreta assegurou que não há nenhum estudo em andamento para terceirização ou privatização da rede municipal

Por: Sandro Thadeu  -  17/06/21  -  18:38
  Secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta
Secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta   Foto: Reprodução/TV Tribuna

O secretário de Saúde de Santos, Adriano Catapreta, assegurou que não há nenhum estudo em andamento para a terceirização ou privatização dos serviços da rede municipal de Saúde Mental. Ele foi um dos participantes de uma audiência pública, realizada ontem na Câmara, pela Comissão Especial de Vereadores (CEV) em Defesa da Rede de Atenção Psicossocial de Santos.


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A presidente da CEV, Telma de Souza (PT), abriu essa discussão após não ter obtido respostas dos requerimentos sobre essa possível intenção da Administração Municipal e a falta de investimentos nesse setor.


“O serviço não está com a qualidade que precisa ter e merece. E começam a levantar essa hipótese (de terceirização). Eu garanto, o Rogério (Santos, prefeito) afirma que ainda não há estudo para isso”, disse Catapreta.


O secretário admitiu que a rede de Saúde Mental possui uma defasagem de 61 profissionais. Esse cenário não é diferente em toda a pasta.


“Estamos fazendo um esqueleto de cada uma das 72 unidades para ver o mínimo necessário de servidores. Hoje temos um deficit importante”, justificou, citando que uma das dificuldades para repor essas vagas é o impedimento de abertura de novos concursos públicos até o final do ano, conforme previsto na Lei Complementar 173/2020.


Segundo o coordenador municipal de Saúde Mental, Paulo Muniz, o setor tem um grande número de servidores capacitados do ponto de vista técnico, mas ainda é preciso avançar.


“Melhorar a capacidade de manutenção física das unidades, a capacidade operacional na compra e distribuição de medicamentos e ter novos servidores, pois as reposições não têm sido feitas no número suficiente para que a gente faça um trabalho a contento”.


Integrante da Frente Antimanicomial da Baixada Santista e usuário do serviço de Saúde Mental no Município, o jornalista Jorge Viana da Silva relatou o temor de uma possível terceirização do setor e endossou os problemas existentes.


“Uma vez a cada três meses preciso retirar meu remédio em uma unidade ambulatorial, mas muitas vezes está em falta. Essa é uma questão fundamental e uma falha”, diz.


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