Santos volta a ter relógios digitais que informam temperatura e horário

Eles serão instalados em praças e espaços públicos; trabalho de instalação deve durar 45 dias

Por: Maurício Martins  -  25/02/22  -  17:24
Atualizado em 25/02/22 - 18:56
Serão instalados 30 totens
Serão instalados 30 totens   Foto: Vanessa Rodrigues/AT

Os relógios digitais de rua, que marcam o horário e a temperatura, serão instalados novamente em Santos. Os equipamentos, porém, não serão iguais aos que existiam em toda a orla da praia e foram retirados, a partir de 2018, por explorarem propaganda de forma ilegal – sem contrato com a Prefeitura - durante cinco anos.


Os novos relógios serão afixados na parte superior de 30 totens do Projeto Cidade Verde, que sinalizam a adoção de praças, jardins e logradouros por uma empresa, funcionando como espaço publicitário. Os equipamentos são de LED e medem 3,38m x 1,37m x 0,30m.


O primeiro relógio será instalado na Praça Vereador Luiz La Scalla, na Ponta da Praia, onde está o Aquário Municipal de Santos. A Prefeitura disse que diversas regiões da Cidade serão contempladas nos próximos 45 dias, mas não informou os endereços.


Primeiro relógio será instalado na Praça Vereador Luiz La Scalla, na Ponta da Praia
Primeiro relógio será instalado na Praça Vereador Luiz La Scalla, na Ponta da Praia   Foto: Carlos Nogueira/Prefeitura de Santos

Os equipamentos, assim como a instalação, serão custeados pela empresa Mídia Pull Editora e Comunicação Eireli, que no momento adota 46 dos 79 espaços disponibilizados pela Prefeitura, sendo responsável pela conservação dos locais.


Coordenado pela Secretaria de Serviços Públicos (Seserp), o Programa Cidade Verde tem o objetivo de estimular entidades privadas a servir e colaborar com a cidade de Santos na conservação e manutenção de áreas verdes e jardins de equipamentos públicos, situados em praças, avenidas e largos.


A colaboradora assume a manutenção total do espaço, sob fiscalização da pasta, o que inclui o emprego dos materiais, equipamentos, mão de obra, entre outras despesas. Em contrapartida, as entidades parceiras podem explorar o espaço com placas e totens publicitários.


Ação na Justiça

Em 2018, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com ação na Justiça pedindo a retirada de todos os relógios e painéis de proteção de pedestres de Santos. O promotor Carlos Alberto Carmello Júnior ressaltou, na época, que a publicidade era explorada em 44 relógios eletrônicos e 610 painéis de proteção.


Para o promotor, as empresas de publicidade deixaram de recolher R$ 458,3 mil em taxas municipais, mas realizaram contratos publicitários de mais de R$ 4 milhões. Ele pediu, no processo, a condenação por improbidade administrativa dos responsáveis da empresa e da Prefeitura na época dos fatos.


Possível acordo

O processo foi se arrastando e chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), terceira instância do Judiciário. A ação está suspensa, por enquanto, porque o MPE e os réus estão em tentativa de acordo extrajudicial, conforme prevê a nova lei de improbidade administrativa. O acordo deve prever condições para que processo não siga, com o ressarcimento - por parte dos réus - dos valores não recolhidos aos cofres públicos.


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