Santos terá 20 mil exames para detectar coronavírus e resultado sai em até 48h
Pessoas internadas já começaram a ter material coletado; a expectativa é testar entre 50 e 100 casos suspeitos por dia na cidade
Começa nesta quarta-feira (1º) o mês apontado por especialistas como o período de pico para a transmissão do coronavírus. Para esse momento, Santos terá um reforço de 20 mil exames PCR para detecção da doença. O resultado sairá entre 24h e 48h depois da coleta do material. A expectativa é testar entre 50 e 100 pessoas por dia na cidade.
Segundo o secretário de Saúde de Santos, Fabio Ferraz, a Prefeitura comprou esse serviço para agilizar os resultados, que tem demorado ao menos sete dias pelo Instituto Adolfo Lutz, na Capital. Cada exame custa R$ 150,00 e a análise será feita pelo Laboratório Centro de Genomas, também em São Paulo.
A coleta do material é feita pelo nariz e com os equipamentos corretos. “Os pacientes internados estarão aptos a fazer os exames e não só os casos graves. Eles podem estar em observação, por exemplo. O exame também pode ser feito nos casos de óbito. O material será colhido e enviado ao laboratório”, explica Ferraz.
Para o secretário, a maior dificuldade hoje é não ter a resposta se um caso é confirmado ou descartado num prazo razoável.
“Do ponto de vista individual, essa rapidez é para testar a saúde do paciente e saber o que ele tem. Pensando no coletivo, saberemos ao certo quantos são os casos na cidade. A suspeita nunca é boa”.
A novidade já foi testada nesta terça-feira (31) e, aos poucos, a quantidade de testes será ampliada. “Esse exame é muito mais seguro do que o teste rápido, que só detecta a doença oito dias depois da pessoa estar com a doença”.
Abril
Para o infectologista Marcos Caseiro, esses resultados chegando de maneira mais ágil farão com que Santos tenha sua real situação.
“O número de casos na Capital tem aumentado de forma exponencial e não vemos isso na região. É evidente que podemos ter um boom com os resultados de todos esses casos suspeitos, por isso a recomendação segue continuar em casa”.
Quem concorda com ele é o infectologista Ricardo Hayden. Segundo ele, a Baixada Santista ter tomado medidas restritivas antes da confirmação de casos fez toda a diferença.
“O número de casos é muito menor do que em outros lugares. Meu alerta é para as pessoas nas ruas. São pequenas irresponsabilidades individuais que tornam-se grandes irresponsabilidades coletivas”.