Santos mantém cancelamento de bandas de Carnaval mesmo após pedido de associação

Organizadores propõem festa para imunizados e foliões com teste negativo

Por: Bruno Almeida  -  09/12/21  -  07:33
Atualizado em 09/12/21 - 14:30
Bandas desfilaram pela última vez na cidade em 2020
Bandas desfilaram pela última vez na cidade em 2020   Foto: Arquivo/AT

As bandas de Carnaval ficarão mais um ano sem circular em Santos. Ao contrário das escolas de samba, que poderão se apresentar caso a situação da pandemia não piore até as datas previstas para os desfiles — 18 e 19 de fevereiro de 2022 —, a folia de rua não está nos planos da Prefeitura, apesar dos pedidos da Associação das Bandas Carnavalescas de Santos.


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A entidade, porém, insiste em obter permissão para a festa e propõe medidas para evitar o contágio da covid-19 durante os eventos.


"A estrutura das bandas seria igual à do ano passado, em que a pessoa era revistada antes de entrar, e a banda acontecia em um local fechado [por gradis]", afirma o presidente da entidade, Elmo Carlos Ribeiro de Andrade.


Caso liberada, a festa ocorreria apenas para aqueles que provassem estar vacinados contra o coronavírus. Profissionais de saúde, contratados pelas próprias bandas, aplicariam testes de covid nos convidados.


Andrade justifica os pedidos de liberação dizendo já haver eventos com aglomerações ocorrendo na Cidade. "Tem que se preocupar agora, não daqui a dois meses. Se virmos que o quadro está se agravando, nós mesmos pediremos para não desfilar", completa.


A Prefeitura reiterou, porém, que já se decidiu. "Apesar da ampla imunização [contra] covid da população, serão permitidos na Cidade somente eventos com público controlado. O desfile das agremiações de samba será um deles. Já as bandas carnavalescas que circulam pelos bairros seguirão vetadas", diz, em nota.


Câmara
Presente na sessão da Câmara Municipal de terça-feira (7), Elmo Andrade pediu aos vereadores a alteração de um requerimento do vereador Benedito Furtado (PSB), que pediu o cancelamento de todas as celebrações do Carnaval em 2022.


Furtado apontou que a nova variante do coronavírus, a Ômicron, representa um risco à saúde pública. O Brasil tem seis casos confirmados da cepa.


A associação pediu para "que sejam feitos, hoje, todos os esforços para que o Carnaval completo somente aconteça com a segurança sanitária que a época exige".


"Preservar essa manifestação cultural mundialmente conhecida é alimentar o imaginário popular da alegria, harmonia e amor. É alimentar arte e economia, porque gera milhares e empregos diretos e indiretos", acrescentou.


Os vereadores aprovaram o requerimento por unanimidade, e o texto será enviado ao Gabinete do prefeito Rogério Santos (PSDB). As assessorias da Câmara e do vereador Benedito Furtado confirmaram a alteração no texto proposta por Andrade, mas a mudança mencionada ainda não consta nos registros oficiais da Câmara.


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