Santista que venceu a leucemia, Porthinhos participa de campanha sobre doação de órgãos

Jovem é um dos símbolos da campanha 'Somos Todos Responsáveis'

Por: ATribuna.com.br  -  05/02/22  -  15:12
Atualizado em 05/02/22 - 15:13
Porthinhos (à direita) participa de campanha de doação de órgãos
Porthinhos (à direita) participa de campanha de doação de órgãos   Foto: Francisco Arrais

Porthos Martinez, o Porthinhos, jovem santista que venceu a leucemia após 275 dias internado, em 2014, é um dos símbolos da campanha 'Somos Todos Responsáveis', que a partir de 11 de fevereiro destaca a importância da doação de órgãos em Santos. Ele será um dos locutores da animação produzida pela Secretaria Municipal de Governo (Segov) em parceria com a Secretaria de Saúde (SMS).


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O nome da campanha joga luz sobre o fato de que, apesar da relevância de políticas públicas, qualquer cidadão pode ter a iniciativa de ajudar o próximo. É comum ver a doação de sapatos, roupas, comidas e brinquedos, mas também há a possibilidade de, ainda em vida, doar rins, parte do fígado, pulmão ou medula óssea, como recebeu Porthinhos, em 2013.


À época, após uma campanha que mobilizou toda Baixada Santista, o jovem santista encontrou um doador compatível em outro estado. "Como tenho um passado marcado por muita gente que me ajudou, me sinto na obrigação de ajudar os outros", diz Porthinhos.


"Fico muito feliz por poder participar de uma campanha tão relevante, até porque muita gente desconhece a importância de doar, seja medula óssea, rins, pulmão e até uma simples transfusão de sangue. Muitos precisam de ajuda em todos os cantos do Brasil", destacou o jovem, hoje com 22 anos. Atualmente, mais de 53 mil pessoas aguardam por algum tipo de transplante no País.


Quem também participará da locução do vídeo será Débora Evelyn Barbosa, 34 anos. Cadeirante, ela emprestará sua voz para destacar a relevância do ato. "Muito se fala em doação de órgãos após a morte, mas poucas pessoas sabem que podemos salvar as outras ainda em vida. Espero que essa animação atinja muita gente, sensibilizando e informando sobre como podemos auxiliar o próximo", conclui ela, que mora no bairro José Menino.


O 'doador vivo' é considerado uma pessoa em boas condições de saúde, segundo avaliação médica, além de ser capaz juridicamente de concordar com a doação. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores. Já não parentes podem ser doadores por meio de autorização judicial.


Doadores não vivos

A lei federal 9.434, de 2007, dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Doadores não vivos podem doar os seguintes órgãos: rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino.

Ainda há a possibilidade da doação de tecidos como córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias.


Cabe ressaltar que não é mais necessário deixar um documento assinado autorizando a doação. Basta informar a família, deixando claro o desejo de doar, conforme a lei nº 10.211, de 2001. Um doador que teve morte cerebral pode salvar até 10 vidas.


Próximas ações

Além da doação de órgãos, a campanha 'Somos Todos Responsáveis' abordará, ainda no primeiro semestre, a prevenção ao suicídio e a importância da inclusão, conforme explica a assessora técnica da Secretaria de Governo, Suzete Faustino.


"Nossa ideia é conversar com a sociedade durante todo o ano, não somente em um período. Esses assuntos voltarão à tona em outros momentos de 2022, junto a temas que já foram abordados pela Administração Municipal. É um trabalho de sensibilização e, principalmente, da criação de um hábito", concluiu.


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