Santista desaparecida é encontrada na rodoviária de Balneário Camboriú-SC
Com autismo e depressão, Evelyn Tavares sumiu de Santos na sexta (18)
Atualizado em 20/02/22 - 19:40
O sumiço da santista Evelyn Tavares, de 35 anos, moradora da Vila Matias, felizmente teve um final feliz. Desaparecida desde a última sexta (18) à tarde, quando saiu de casa dizendo que ia à praia, ela foi localizada na manhã deste domingo (20), na rodoviária de Balneário Camboriú-SC. O irmão dela, o auditor de TI, Sheldon Tavares da Silva, 30, e a mãe, a cabeleireira Elaine Tavares da Silva, 61, viajaram ao litoral catarinense para reencontrá-la e trazê-la de volta à Cidade.
Com autismo e sofrendo de depressão profunda, Evelyn já havia assustado a família há 12 anos, quando desapareceu de Santos e foi encontrada no sul de Minas Gerais. Desta vez, a mulher chegou a viajar até Porto Alegre (RS), conforme relato do irmão.
“Como ela deixou o celular em casa, recebemos a notificação de um saque que ela fez na noite de sábado (19), em Porto Alegre. E na manhã de domingo, ela voltou a fazer dois saques em Balneário Camboriú”, contou Sheldon.
Segundo o irmão, Evelyn nunca havia viajado ao Sul do Brasil, onde eles não têm amigos nem familiares. Ele também disse que a irmã quase não usa as redes sociais, apenas a da mãe, descartando que ela pudesse ter viajado para se encontrar com alguém no Rio Grande do Sul ou em Santa Catarina.
Com a ajuda da Guarda Municipal de Camboriú, Evelyn foi localizada na rodoviária da cidade. “Tenho amigos que têm contatos com pessoas do Sul e conseguiram acionar um delegado de polícia, que mobilizou a Guarda Municipal. Eles a identificaram na rodoviária e fizeram a abordagem. Graças a Deus”, disse Sheldon.
Redobrar a atenção
Evelyn Tavares faz acompanhamento no Núcleo de Apoio Psicossocial (Naps) de Santos e consultas com profissionais da área de psiquiatria de dois em dois meses, mas diante do novo susto, Sheldon disse que a família vai redobrar a atenção em relação aos cuidados com a irmã.
“Vamos ficar mais de olho. Talvez ela precise de um acompanhamento mais ostensivo. Ela não gosta muito de ir ao psicólogo, porque não gosta de falar. Não teve nenhum problema que pudesse desencadear tudo isso, mas para que não aconteça de novo, precisamos olhar e cuidar mais dela”.
Sheldon e a mãe viajariam neste domingo à tarde para Florianópolis-SC, mas em razão do trânsito na subida para São Paulo, perderam o voo, que foi remarcado para noite. De lá, eles seguiriam de ônibus para Camboriú-SC. “Não importa que horas vamos chegar e onde vamos dormir, o que importa é que a Evelyn está bem, o lugar dela é com a gente”, afirmou.
