Restaurantes do Centro de Santos ‘se viram nos 30’ com aumento do valor da carne: ‘Absurdo’; VÍDEO

Estabelecimentos de comida a quilo destacam importância da proteína, mas ressaltam dificuldades na hora da compra

Por: Thiago D'Almeida  -  14/07/21  -  08:32
  A Tribuna entrevistou proprietários e gerentes de restaurantes a quilo do Centro de Santos, que reclamaram sobre preços da proteína
A Tribuna entrevistou proprietários e gerentes de restaurantes a quilo do Centro de Santos, que reclamaram sobre preços da proteína   Foto: Thiago D'Almeida/AT

Proprietários e gerentes de restaurantes de comida a quilo do Centro de Santos estão com dificuldades na hora da compra da carne bovina por conta do valor elevado. Segundo o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15) divulgado em maio, a alta acumulada em 12 meses já chega a 35,68%. A equipe de A Tribuna foi até estabelecimentos da região e conversou com os responsáveis, que afirmaram que os preços estão “absurdos”, mas que, mesmo assim, precisam oferecer a proteína aos clientes, necessidade que exige, muitas vezes, uma “readequação” dos valores cobrados pelos próprios restaurantes.


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“O valor da carne vermelha subiu muito, então, precisamos nos adequar também com outras possibilidades. Mesmo assim, precisamos oferecer ao menos um tipo de carne bovina”, explica Josefa de Jesus, de 45 anos, que é proprietária de um estabelecimento de comida a quilo. “Também não podemos deixar a qualidade cair. Mesmo que seja preciso aumentar um ou dois reais no preço do quilo, temos que ter ao menos uma opção de carne vermelha. Podemos nos adequar com o frango ou picanha suína, mas ela não pode faltar”.


Por sua vez, Angela Okopny, de 42 anos, que é gerente de outro estabelecimento da região, complementou ao falar sobre os reajustes. “Não podemos repassar tudo para os clientes, caso contrário, eles não retornam por conta do valor. Se eu fosse repassar tudo, o valor do quilo seria muito maior do que cobramos hoje”.


O restaurante em questão tem uma área destinada ao churrasco e, de acordo com a gerente, o estabelecimento sente ainda mais o impacto. “É muito mais complicado, uma vez que não podemos deixar de servir. O valor é um absurdo, é uma caixa por dia de cada carne [que vai para a churrasqueira]”.


Por fim, em outro estabelecimento de comida a quilo, o proprietário João Vitor Gomes, de 36 anos, destacou sua ‘luta’ para manter o preço dos alimentos oferecidos diante do aumento no valor das proteínas.


“Está muito difícil. Tentamos segurá-los, mas está muito complicado”, conta o dono, que confessa também não ter grandes lucros atualmente por conta dos valores gerais das proteínas. “Estamos assim não apenas por conta do aumento do valor da carne bovina, mas de outras também. Estamos segurando os preços, mas, assim, conseguimos apenas manter o restaurante aberto”.


  De acordo com IPCA-15, alta da carne bovina acumulada em 12 meses já chega a 35,68%
De acordo com IPCA-15, alta da carne bovina acumulada em 12 meses já chega a 35,68%   Foto: Thiago D'Almeida/AT

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