Reabertura de UTI pediátrica reativa outros 21 leitos no Hospital Guilherme Álvaro

Remanejamento das equipes de servidores públicos que atuavam na na ala infantil possibilitou reabrir leitos ociosos; unidade tem, agora, 165 vagas SUS

Por: Eduardo Brandão  -  12/03/20  -  18:12

Um mês antes da previsão inicial, o Hospital Guilherme Álvaro (HGA), em Santos, reabriu a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. Uma organização social foi contratada de forma emergencial para fornecer mão de obra a fim de reativar as sete vagas da ala alta complexidade infantil. 


O remanejamento interno de servidores públicos fez com que outros 21 leitos fossem abertos na unidade. O atendimento de alta complexidade infantil teve o serviço paralisado no começo de janeiro por falta de equipe médica. 


Um apagão de mão de obra foi intensificado por conta de licença-saúde, pedidos de demissão e aposentadorias, o que gerou redução de 30% das escalas médicas. 


Nesse período, o atendimento especializado infantil foi direcionado a outras unidades médicas da região. A direção do hospital previa que o serviço ficasse interrompido por 90 dias (prazo estimado para a contratação de uma organização social para assumir o serviço).


A retomada das atividades na unidade pediátrica foi informada no final de fevereiro, durante a primeira reunião desse ano do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb). Gestores do complexo hospitalar foram convocados a prestar informações sobre a interrupção dos serviços.


Os trabalhos foram retomados na quarta-feira passada (3), quando o Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM) assumiu os serviços. Valores do convênio emergencial não foram informados. 


Ao todo, 49 profissionais da entidade reforçam as equipes do hospital santista. “Quando há uma celebração de convênio com uma organização social, o melhor modelo é fazer com serviços fechados”, afirma diretora técnica do HGA, Mônica Mazzurana.


Ela explica que a entidade sem fins lucrativos fará gestão da UTI Pediátrica por seis meses (prazo máximo para contrato emergencial). Nesse período, a Secretaria Estadual de Saúde finaliza edital para contratação em definitivo de uma entidade para fornecer equipe multiprofissional para o setor. 


Com o reforço na ala infantil, a direção do complexo hospitalar fez um remanejamento das equipes de servidores públicos que atuavam na UTI infantil. O reforço possibilitou reabrir leitos ociosos.
Mônica explica que a medida fortaleceu o atendimento neo-natal e possibilitou a reativação de 21 leitos via Sistema Único de Saúde (SUS). “São 13 leitos clínicos e oito cirúrgicos”. O complexo médico soma, agora, 165 vagas hospitalares. 


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