Queda de elevador que matou quatro pessoas completa 50 dias sem respostas

Já são 50 dias sem resposta sobre o que de fato causou a queda de um elevador na Vila Belmiro, em Santos, em dezembro de 2019. Quatro pessoas da mesma família morreram quando o equipamento do Edifício Tiffany despencou do sétimo andar para o poço.

Segundo a Superintendência da Polícia Técnico Científica, assim que estiverem concluídos, os laudos serão entregues para análise da autoridade policial responsável pelo caso, no 2º DP de Santos, que segue em diligências para esclarecer os fatos. A superintendência informa, ainda, que a perícia está em andamento e dentro do prazo legal, mas sem informar qual é esse prazo e quando o documento de fato será concluído.

O acidente ocorreu em um edifício residencial da Rua Guararapes. Eric Miguel, de 19 anos, o pai, Edilson Donizete, de 45, e a mãe, Lucineide de Souza Goes, de 43, moravam em Santo André. Eles morreram logo depois de chegarem ao prédio, onde passariam a virada do ano na casa de Jucelina Santos, irmã de Lucineide, que também morreu no acidente. Ela desceu para buscá-los no térreo do edifício e, quando a família subia para o 9º andar, o elevador caiu.

Imagens

Pelas imagens feitas logo após o acidente, é possível ver que o impacto da queda foi tão forte que a mola pesada de segurança, usada para absorver o impacto dos elevadores, que costuma ficar a aproximadamente 1,5m de distância do último nível do elevador, destruiu o piso da cabine, que é feito de ferro, enquanto as vítimas estavam dentro do equipamento.

Nas duas imagens feitas de dentro da cabine, é possível ver alguns pertences das vítimas, como sacolas, chinelos, peças de roupa e até um boné.

Moradores do Edifício Tiffany afirmaram ter ouvido dois estrondos. A suspeita inicial era de que os dois elevadores do prédio, o de serviço e o social, teriam despencado. No entanto, somente o de serviço caiu. O primeiro estrondo se refere à queda do nono para o sétimo andar e, posteriormente, a queda até o solo.